A Feasa (Federação das Entidades Assistenciais de Santo André) mais uma vez investe na arte para realizar ações sociais. A federação, que atende uma rede de 60 instituições, agora trabalha nova apresentação, a comédia Hermanoteu na Terra de Godah, baseada no texto da Cia. Os Melhores do Mundo, que está prestes a completar 25 anos em cartaz. Na 23ª edição, o espetáculo terá quatro encenações, de 7 a 10 de novembro, no Teatro Municipal de Santo André, e os ingressos já estão à venda.
A história se passa no tempo do Antigo Testamento. Hermanoteu (Gustavo Baena) é um hebreu comum, um simples pastor da Pentescopeia. Certo dia, um anjo (Tito Martins) aparece e lhe dá uma missão divina: peregrinar e libertar a Terra de Godah. Durante a jornada, o herói enfrenta grandes desafios e se envolve em muita confusão. Hermanoteu se depara com personagens históricos, bíblicos ou inventados pelos autores, sem qualquer compromisso com cronologia ou religiosidade, apenas com o humor. A caricatura é o tempero da saga do enviado de Deus.
Comandado pela produtora Eunice Santos, o espetáculo possui 20 atores voluntários e 13 colaboradores de produção. Envolvido no projeto da Feasa desde 2003, o economista Oswaldo Sanchez Lupinetti conta que começou a convite de um amigo e se surpreendeu com a proposta da Feasa. Motivado pelo projeto e pela vontade de ser voluntário e apoiar causas sociais, o morador de Santo André decidiu permanecer no projeto. “Participar disso é fazer algo para colaborar, para resolver algumas das carências da sociedade e é uma honra enorme para mim”, afirma.
Neste ano, o economista aposentado representa dois papéis, de Júlio César e Godo 1. Como a peça é interpretada como se as personagens estivessem em campo aberto, em um deserto, o maior desafio para o voluntário é interagir com um cenário que não existe, o que gera muitas risadas. “Isso e a atualização do texto, que compara situações entre o presente e o passado, tornam tudo muito divertido”, declara.
Apesar da atuação profissional nas artes cênicas há 15 anos, o diretor César Augustus Finhana afirma que participar das produções organizadas pela Feasa tem uma graça a mais, principalmente por juntar profissionais e amadores. “É uma troca de experiência incrível, além do fato de todos estarem unidos por um único objetivo, o que é muito bonito”, diz o diretor, que também fez a adaptação do texto. A história profissional de Finhana se cruza com as produções da Feasa já que, desde garoto, o artista tinha esse contato com as peças e olhava admirado a atuação dos colegas com quem, atualmente, trabalha junto. “Unir minha profissão com um projeto desses é muito gratificante. É o que faz com que eu queira estar lá novamente a cada ano”, completa.
Os ingressos custam R$ 30 e podem ser adquiridos de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, na Feasa (rua Tamarutaca, 250, vila Guiomar). No dia das apresentações é possível adquirir o ingresso na bilheteria, a partir das 17h. De quinta-feira a sábado, a peça começa às 21h, enquanto no domingo tem início às 20h. Classificação indicativa: 12 anos. Telefone 4436-7477.