Sem Vaguinho, PRB de Diadema busca se reinventar para eleições de 2020

Dr. Saulo, presidente municipal espera filiar 800 pessoas neste sábado. (Foto: Igor Andrade Cotrim/Divulgação)

Visando as eleições municipais de 2020, o PRB vai fazer no sábado (10/08) uma campanha nacional de filiações, o Filia 10, que faz alusão ao número de urna da sigla. Em Diadema, única cidade que em 2016 o partido foi para o segundo turno e onde teve a maior votação depois da Capital, o partido tenta se reinventar. Há três anos o protagonista do pleito era o ex-vereador Wagner Feitosa, o Vaguinho do Conselho que está de saída da legenda, o que faz a legenda buscar uma nova liderança entre suas fileiras ou atrair de outro partido para a disputa municipal.

O ato de filiação em massa vai acontecer no diretório (Av Juarez Rios de Vasconcelos, 140 Centro). O presidente municipal do partido, Vespasiano Saulo da Costa e Silva, o Dr. Saulo, disse que a campanha visa fortalecer o diretório municipal que hoje tem 1.364 filiados. “Queremos filiar neste sábado cerca de 800 pessoas, essa é a nossa meta inicial, mas queremos que o partido chegue a 5 mil filiados até o ano que vem. Vai ser a coroação de um trabalho de reconstrução do partido depois de um período de descrédito”, explicou o dirigente partidário em evidente crítica ao ex-presidente e ex-prefeiturável Vaguinho do Conselho.

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Saulo disse que o partido caminha para lançar candidatura própria no próximo ano em Diadema, mas ainda não há nenhum nome definido. “Vamos usar o critério da meritocracia, e também pesquisa, quem tiver dois dígitos terá direito a pleitear a candidatura”, disse o presidente que também se coloca neste grupo. “Saio para vereador ou prefeito, o que o partido definir, mas se decidir que é melhor que fique na coordenação eu fico”, aponta. Saulo foi candidato a deputado estadual no ano passado e teve 6.164 votos.

Sobre Vaguinho, o presidente municipal do PRB, disse que ele “vendeu o partido” ao se aliar, no ano passado, ao então candidato e hoje deputado estadual Tiago Auricchio (PL) e o deputado federal reeleito Alex Manente (Cidadania). “Ele seria o nosso candidato natural, mas está inelegível e também não conseguiu organizar o partido, tanto que cada vereador – a cidade tem três parlamentares da sigla – vota de um jeito. Por isso a Estadual e a Nacional o convidaram a se retirar por quebra de decoro do partido”, atacou.

Vaguinho disse que foi surpreendido pelas declarações do atual presidente municipal (Foto: Giullia Micali)

Surpresa

Por sua vez, Vaguinho disse que fez tudo pelo partido e espera que o atual presidente municipal continue a fazer o mesmo. “A minha candidatura foi a que teve mais votos depois do Celso Russomano em São Paulo, fomos para o segundo turno e ainda fizemos três vereadores, por isso torço para que ele – Saulo – consiga fazer pelo menos o mesmo número de parlamentares”, desafiou.

O ex-prefeiturável disse que ainda está filiado ao PRB, mas que já declarou estar de saída, porém ainda não sabe para qual partido vai, nem qual seu futuro político. Ele está inelegível por conta da acusação de abuso do poder econômico em episódio ocorrido na campanha de 2016, quando a chapa foi denunciada por ter pedido votos em templo religioso, conduta vedada pela lei eleitoral. “Eu tenho um respeito muito grande pelo Marcos Pereira (presidente nacional do PRB) e pelo Dr. Saulo, que eu mesmo trouxe para o partido”, declarou.

Sobre a composição da bancada Republicana na Câmara, Vaguinho criticou os parlamentares Pastor João Gomes e Ricardo Yoshio. “Eles nunca fizeram oposição ao governo Lauro Michels (PV), uma vez que saímos de um processo eleitoral com muitas críticas ao governo seria natural que eles mantivessem a postura, mas o único que adotou essa posição foi o Cicinho (Cícero Antônio da Silva). Quanto ao meu apoio ao Tiago isso foi um compromisso meu, e não levei o partido”, respondeu.

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