Cerca de 1,2 mil trabalhadores da fábrica de móveis Bartira, localizada no bairro Fundação, em São Caetano, decidiram nesta quarta-feira (22/05) manter a greve, que entrará no seu terceiro dia nesta quinta-feira (23) após a não conciliação da empresa sobre a mudança na jornada de trabalho, que segundo os trabalhadores deveria ser de segunda a sexta-feira com os sábados livres. Uma nova audiência deve acontecer no dia 3 de junho.
Em audiência na tarde desta quarta-feira (22/05), o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, que representa os moveleiros, apresentou diversas propostas para a empresa, no entanto, segundo o diretor Fabiano Matos, nenhuma foi acatada. “Propomos revezamento aos sábados, 45 dias para testes, mas a empresa não aceitou nenhuma das propostas, então decidimos continuar com a paralisação das atividades”, afirma. A Bartira tem até o dia 28 de maio para entrar com os documentos de defesa para a nova audiência.
A alteração na jornada de trabalho aconteceu há pelo menos três anos, quando houve a troca de diretoria da empresa, desde então iniciou a insatisfação. “Os funcionários sequer puderam escolher, não receberam adicional e ainda por cima perderam um dia para estar com a família. Não vamos deixar isso assim”, afirma. A mobilização, que atingia pelo menos mil trabalhadores até terça-feira (21/05) ganhou maior adesão, e agora pelo menos 1,2 mil trabalhadores dos 1,5 funcionários da empresa aderiram ao movimento.