
A quarta-feira (15/05) será de protestos e paralisações no ABC logo nas primeiras horas do dia. Em solidariedade aos professores que promovem na data uma paralisação geral contra a reforma da previdência, diversos sindicatos promovem atos. Entidades e representantes de diversas categorias vão engrossar o movimento dos professores que seguem à tarde para a Avenida Paulista, na Capital. O movimento é considerado uma prévia para a greve geral convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho.
Na Recap (Refinaria de Capuava) em Mauá, os trabalhadores vão cruzar os braços desde as 6 horas da manhã, antes da troca de turnos. Segundo o diretor da regional do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros), Auzélio Alves, cerca de 750 trabalhadores não vão entrar para o trabalho. “Vamos chegar às 6 horas e iniciar o ato na porta da refinaria. Vamos aguardar o pessoal chegar e reunir todos para o ato. Teremos alguns professores conosco no ato e teremos apoio do pessoal da Construção Civil também”, explicou. O ato deve durar até as 9 horas, segundo estimativa do sindicalista. Ainda de acordo com Alves, na Recap vão ficar apenas os trabalhadores que garantem a segurança da instalação, os demais, cerca de 750 vão aderir a paralisação.
Da porta da Recap os petroleiros, seguem para o Centro de Mauá onde haverá assembleia de professores. Por volta do meio-dia os manifestantes seguem para a avenida Paulista para unirem-se a outros sindicatos e entidades.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC confirmou a presenta do presidente Wagner Santanta, o Vagnão, no ato na avenida paulista. O presidente do Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário de São Bernardo e Diadema), Admilson Lucio de Oliveira, também informou que vai reforçar o movimento dos professores. “Nossa diretoria estará lá para apoiar”, resumiu.
O Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais) de Diadema informou que os profissionais de educação que atuam na cidade vão aderir ao movimento. Em vídeo divulgado nas redes sociais a prefeitura informa a população que algumas escolas podem “ter alteração na sua rotina de funcionamento” por conta da paralisação.
O sindicato dos servidores de Mauá também anunciou adesão. Os professores da rede municipal de ensino e servidores da Educação participarão da Greve Nacional da Educação, organizada pelas principais centrais sindicais, com apoio do Sindicato dos Servidores Públicos (Sindserv) de Mauá, nesta quarta-feira (15), em defesa da educação, ciência e tecnologia públicas e da liberdade de ensinar e de aprender, “contra a reforma da Previdência e pela greve geral nacional”, diz nota da entidade.
Em Santo André a mesma coisa. O Sindserv também divulgou nota em que afirma que vai aderir ao movimento. Os professores vão se concentrar à partir das 10 horas no calçadão da avenida Coronel Oliveira Lima. Os educadores saem em caminhada até a estação de trem e de lá seguem até a avenida Paulista.
São Bernardo também terá ato na Praça Santa Filomena, no Centro, à partir das 7hs. De lá, segundo o Sindserv, os profissionais fazem caminhada até o Paço Municipal. Após ato os professores vão se deslocar para o ato principal na Capital. O sindicato disse em nota que não vai dispor de ônibus para o transporte.
A presidente da Apeoesp no estado, Maria Izabel Azevedo Noronha, a professora Bebel , disse que espera realizar um dos maiores atos já feitos na Paulista. “Esse será um ato maior do que o normal, será o primeiro grande ato contra as atitudes do governo Bolsonaro, não apenas contra a reforma da previdência, como contra os cortes na educação deste o nível básico até as universidades. Temo adesão das ETECs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) e os alunos receberam muito bem e estão nos apoiando”, disse.
Bebel disse ainda espera na avenida Paulista comitivas vidas de todas as partes do estado. “Temos 96 subsedes e mais os apoios que teremos dos demais sindicatos, com isso teremos um grande ato representando todo o estado”, finalizou.