Apesar das obras em vários pontos da cidade e a projeção de novos investimentos, Rio Grande da Serra passa por dificuldades na área da Saúde após perder 10 dos 11 profissionais que atuavam no município por intermédio do programa Mais Médicos. Em entrevista ao RDtv, nesta segunda-feira (6), o prefeito Gabriel Maranhão (Cidadania) afirmou que está estudando financeiramente uma forma de repor tais vagas.
A iniciativa de custear a contratação dos novos profissionais da Saúde apareceu após o Governo Federal não ter dado uma contrapartida para a cidade após a saída dos médicos cubanos. A justificativa do Ministério da Saúde, segundo Maranhão, é o fato da cidade fazer parte da Grande São Paulo, o que no pensamento da União, faz com que se acredite na existência de uma estrutura adequada no município, o que não acontece.
“Posso afirmar sem medo de errar, mais de 80% dos atendimentos que realizamos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) poderia ser realizado nas unidades (básicas de saúde – UBS) dos bairros caso os médicos estivessem por lá. Infelizmente não se tem uma visão da realidade de Rio Grande da Serra”, explicou Maranhão.
Das 10 UBSs da cidade, apenas uma conta com um médico, as demais apenas com enfermeiros, fato que corrobora para uma maior procura pela UPA, local que prioritariamente atende casos emergenciais e que acaba realizando exames em situações menos urgentes. A ideia da Prefeitura é arranjar uma maneira de custear novos profissionais. Para isso são necessários R$ 1,3 milhão por ano.
Mesmo com o problema em questão, Gabriel Maranhão comemorou o fato da Saúde ser vista na cidade com qualidade. “Para se ter uma ideia 30% dos atendimentos que a UPA faz são de pessoas que tem plano de saúde, mas que preferem o nosso atendimento na UPA, algo que nos mostra que o trabalho é bem feito”.
Obras e medidas
Em meio as comemorações aos 55 anos de emancipação, Rio Grande da Serra aguarda a entrega de novos equipamentos como a base da Guarda Civil Municipal (GCM) que contará com sua primeira turma de 30 soldados neste mês. Houve a doação de dois veículos por parte da Prefeitura de São Caetano e haverá a compra de armas elétricas, armamento não letal compatível com o trabalho dos novos agentes de segurança.
Além disso, serão instaladas 30 câmeras na cidade para monitoramento e com parceria com as policias Civil e Militar, além do sistema Detecta, nas principais entradas da cidade. Outro plano é a construção da base do Corpo de Bombeiros. Um investimento de R$ 1 milhão oriundos da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
Maranhão também aguarda o avanço do projeto do terminal rodoviário com estimativa de investimentos de R$ 900 mil, verba que foi pedida ao Fumefi (Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento) e a entrega dos projetos executivos para obras de mobilidade urbana, algo que foi pedido para as sete cidades por intermédio do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.