UBS de Diadema tem extintor vencido e mesa obstruindo elevador

Extintor foi vistoriado da última vez em fevereiro de 2017. (Foto: Reprodução)

Os usuários da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Centro de Diadema, convivem com situação de risco. A reportagem esteve no local a pedido de morador e constatou dois problemas considerados graves, como extintor vencido e o elevador que deveria estar disponível para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida, obstruído com uma mesa de atendimento onde duas funcionárias fazem a triagem dos pacientes que chegam para serem vacinados.

A reportagem entrou em contato com a empresa, que fez a última vistoria do extintor de incêndio, informando a data que consta no selo do extintor. A última vistoria foi realizada no mês de fevereiro de 2017 e a empresa São João Extintores LTDA. ME, sediada em São João da Boa Vista, informou que de fato o equipamento está com a inspeção vencida. O próprio equipamento ostenta informe de que a inspeção deve ser feita a cada 12 meses, portanto está vencido há mais de dois anos.

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O elevador da unidade médica, parece novo. Há inclusive plástico ainda protegendo o corrimão no interior do equipamento, porém quem quiser usá-lo terá que pedir licença a duas funcionárias e, se estiver em cadeira de rodas, aguardar que arrastem a mesa de atendimento que foi colocada na porta do aparelho.

Funcionárias em mesa colocada em frente ao elevador da UBS. (Foto: Reprodução)

A prefeitura foi procurada pela reportagem e indagada sobre o extintor vencido, sobre o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), sobre a empresa que presta serviços para a manutenção dos equipamentos e custo do contrato. A reportagem também perguntou se o elevador está em funcionamento e porque há uma mesa obstruindo o acesso, mas até o fechamento desta reportagem a prefeitura não respondeu.

O presidente da delegacia regional do Seesp (Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo), Sílvio Teixeira Cardoso, diz que é grave a situação de equipamentos públicos sem os equipamentos de segurança em dia. “Então, na verdade está situação está em total desacordo com as normas vigentes, mais uma vez demonstra o descaso das autoridades em relação as questões de segurança e acessibilidade, o mínimo é manter os extintores em condições de utilização e dentro da validade e os acessos a aparelhos para facilitar a mobilidade desobstruídos”, comentou.

Especialista em segurança, o engenheiro Rodrigo Dutra, também avalia que há relaxamento da prefeitura quanto às questões de segurança. “A Lei Federal nº13.425 e o Decreto do Estado de São Paulo nª63.911, não eximem órgãos públicos da obrigatoriedade do cumprimento das medidas de combate a incêndio e pânico. A Norma Regulamentadora nº23, cita a obrigatoriedade de que o extintor seja inspecionado mensalmente e de que seja feita a recarga e as manutenções periódicas de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes no país. Neste caso fica claro que não foram seguidas as orientações da empresa mantenedora da recarga do extintor, conforme imagem orientativa colada no cilindro. Já a imagem de obstrução do elevador para pessoas com dificuldade de mobilidade, fere totalmente o Art 1º da Lei Federal 10098. Para mim em ambos os casos fica claro que existem duas grandes dificuldades, a primeira é a conscientização da população, dos usuários e gestores sobre a verdadeira necessidade de se manter estes equipamentos em perfeito estado e a segunda e a falta de fiscalização permanente em todas as edificações e não apenas a fiscalização de certificação”, analisa.

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