Quase seis meses após o final do primeiro turno das eleições e o ex-secretário de obras de Mauá Júnior Orosco (PDT) segue com sua saga para validar os seus 30,6 mil votos, número que lhe dariam uma vaga na Câmara Federal. Em entrevista ao RDtv, na última sexta-feira (22), o pedetista afirmou que pressões políticas estão atrapalhando o prosseguimento do processo.
“Houve muita movimentação política por debaixo desta ponte e que foram segurando meu processo que só chegou em Brasília (TSE – Tribunal Superior Eleitoral) no meio de fevereiro, ou seja, perdi a posse e estes dias em que poderia ajudar a região”, disse o político que não citou diretamente o nome do envolvido. Quem também é parte interessada nesta história é o deputado federal Orlando Silva (PCdoB) que perde a cadeira caso Orosco tenha sucesso na ação.
Por coincidência, Silva é um político muito próximo de um ex-aliado de Júnior Orosco, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB). Inclusive, o pedetista afirmou que parte dos documentos que foram usados pela Procuradoria Eleitoral vieram diretamente do Paço mauaense.
A expectativa da defesa de ex-secretário é que a decisão saia ainda em abril. Orosco é julgado por apontamentos realizados pela Procuradoria Eleitoral e apresentadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) ainda durante a campanha eleitoral do ano passado. Os problemas ainda estão sobre uma doação realizada na campanha de Vanessa Damo (MDB), em 2014, além de questões ligadas ao seu patrimônio.
Mauá
Sobre a novela política em que vive Mauá desde maio de 2018, Júnior Orosco considera que o atual governo perdeu a credibilidade para conseguir organizar todo o grupo, principalmente após a deflagração da operação Trato Feito, da Polícia Federal, em dezembro.
Apesar de toda a situação, o ex-secretário considera que “não é ideal” a cassação de Atila. “Tem que tentar organizar a cidade e fazer a gestão até 31 de dezembro de 2020, depois entra outro que possa governar”, disse Orosco que também dúvida que 21 dos 23 vereadores estejam envolvidos em um suposto caso de corrupção.