Na manhã deste sábado (02/03) centenas de pessoas estiveram no Cemitério Jardim da Colina, em São Bernardo onde foi velado Arthur Lula da Silva, neto do ex-presidente Lula (PT). O petista deixou a carceragem da Polícia Federal, no Paraná, para prestar a última homenagem ao menino de 7 anos que faleceu na véspera vítima de meningite. Um forte aparato policial restringiu nos primeiros momentos a entrada de populares, que aos poucos foram sendo liberados, a imprensa ficou restrita aos portões da necrópole. Diversas lideranças políticas, como a ex-presidente Dilma Rousseff, e sindicais, como o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Vagnão, manifestaram condolências à família.
Lula chegou ao cemitério de carro por volta das 11h30. Inicialmente o velório se encerraria ao meio-dia mas foi postergado. O comboio da Polícia Federal entrou por uma entrada diferente da principal. O ex-presidente ficou distante dos militantes. “Ele entrou por uma parte isolada e ficou numa área junto com a família”, relatou o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques.
O presidente ficou duas horas no cemitério, deixando São Bernardo por volta das 13h30. Na saída fez uma breve aparição junto ao público, mas apenas acenou antes de entrar no carro da PF. Munidos de camisetas com a imagem do ex-presidente e bradando “Lula Livre”, aos poucos os militantes foram deixando o local.

O vereador de São Paulo e ex-senador da República, Eduardo Suplicy disse que Lula garantiu ao neto que comprovaria sua inocência. “Perante seu neto ele assumiu um compromisso de que vai comprovar a inocência dele e todos nós esperamos que isso ocorra o mais rápido. Todos nós sentimos muito e espero que o quanto antes ele possa com parecer com seus advogados ao Supremo Tribunal Federal, comprovar a sua inocência e ser libertado”.
A ex-presidente Dilma Rousseff chegou junto com o ex-ministro da Educação, Aloízio Mercadante. Também compareceram ao velório o candidato derrotado à presidência, Fernando Haddad; os deputados federais Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, Arlindo Chináglia e Rui Falcão; o ex-deputado federal José Genoíno e o estadual Teonílio Barba.

O vereador andreense, Eduardo Leite (PT), comentou publicação nas redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) filho do presidente Jair Bolsonaro. “Ele é um boçal, o que ele disse só revela a imbecilidade do deputado mais votado de Santo André”, revoltou-se. Em sua rede social o deputado postou a seguinte mensagem: “Lula é preso comum e deveria estar em presídio comum. Quando o parente de outro preso morrer ele também será escoltado pela PF para o enterro? Absurdo até se cogitar isso, só deixa o larápio em voga posando de coitado”. Essa postagem é um dos assuntos mais comentados do Twitter.