Depois de protestos e desencontro de agenda, a secretária de Habitação de Diadema, Regina Gonçalves, recebeu nesta quinta-feira (7) comissão composta por integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e outros movimentos de habitação da cidade para tratar da redução das AEIS (áreas especiais de interesse social) que consta no projeto de revisão do Plano Diretor, medida que tramita na Câmara. A secretária garantiu à comissão que o projeto não vai avançar no Legislativo até que seja feito estudo detalhado sobre a área. Do lado de fora do Poupatempo, onde fica a sede da Secretaria de Habitação, cerca de 150 manifestantes aguardavam o término da reunião ao ocupar parte da rua e gritar palavras de ordem.
Na última sessão legislativa do ano passado, em 20 de dezembro, os integrantes do MTST lotaram a Câmara para protestar contra a redução de 100 mil m² das AEIS, conforme consta da proposta de revisão do Plano Diretor. Na ocasião, o líder do governo, Célio Boi (PSB), marcou reunião do movimento com Regina, que ocorreria no último dia 4, mas Regina não compareceu ao alegar que a Câmara não encaminhou ofício. O mal-estar foi resolvido quando a secretária recebeu o movimento dia 5.
“Vamos colocar na mesa a discussão ampla do Plano Diretor, por mais áreas para moradia popular, queremos também um plano de mobilidade urbana e também um plano de regularização fundiária, que é um dos maiores problemas da cidade hoje, o título da terra”, disse Anderson Dalécio, coordenador do MTST na região.
Os vereadores Célio Boi e Ronaldo Lacerda (PT) participaram do encontro. “A secretária recebeu as associações de moradia ao dizer que queria abrir o diálogo. Garantiu que a tramitação do Plano Diretor na Câmara está suspensa até que seja feito uma análise melhor. Disse também que vai contratar o estudo que deve ser feito pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)”, disse Lacerda.