Após duas reuniões com a comissão de Guardas Civis Patrimoniais, a prefeitura de Diadema resolveu não mais fazer alterações no regime de trabalho dos GCPs, que traria perda de direitos à categoria. Após uma minuta de projeto apresentada em dezembro, os GCPs fizeram um protesto na Câmara que acabou formando uma comissão de vereadores para acompanhar o assunto. Esta semana foram duas reuniões, uma na terça e outra na quarta-feira (dias 8 e 9/01) e a Secretaria de Defesa Social, acabou desistindo das mudanças.
Os guardas patrimoniais são os funcionários da prefeitura que cuidam dos próprios públicos. Quando do surgimento da Guarda Civil Municipal há 15 anos, esses funcionários ficaram vinculados à corporação, porém com uma denominação diferente e também não usam armas. Dentre as mudanças que a prefeitura previa fazer estava a desvinculação da GCM (Guarda Civil Municipal) o que acarretaria em perda de benefícios como os adicionais noturno e de periculosidade. A cidade conta hoje com 174 guardas patrimoniais.
No dia 20 de dezembro os GCPs fizeram um manifesto na Câmara e conseguiram o apoio dos vereadores. Uma comissão parlamentar foi formada para ajudar os guardas na negociação. Após duas reuniões o governo voltou atrás. “A prefeitura queria vincular os GCPs às secretarias onde atuam e não mais a GCM. Mas, por fim, acharam que era melhor não mexer na situação, chegaram a conclusão que daria muito mais trabalho”, disse o vereador Josemundo Dario Queiroz, o Josa (PT), membro da comissão, que considerou o movimento vitorioso para os trabalhadores.
De acordo com o petista GCMs e GCPs tem funções diferentes. “Os guardas civis ficam mais em funções relacionadas a segurança, pois com as mudanças na legislação federal, ganharam mais o poder de polícia, e os GCPs ficam cuidando dos próprios municipais. Apesar disso as duas categorias são vinculadas, se os patrimoniais perderem esse vínculo terão uma perda salarial muito grande”, relata Josa.
Em nota a Assessoria de Imprensa da prefeitura informou que não propôs nenhuma alteração na lei. “Em relação aos GCPs, a Prefeitura realizou um ajuste, por meio de ato administrativo. O ajuste consiste em alteração das equipes operacionais que irão compor programas de policiamento preventivo a serem operados no planejamento a partir deste ano. A Prefeitura esclarece que as propostas oficiais de governo são assinadas e divulgadas pelos canais oficiais”.