Nesta quinta-feira (18/10), o ABC amanheceu com reflexos das chuvas e ventos fortes que atingiram 76 km/h nesta quarta-feira (17/10). São Caetano foi a mais prejudicada, com mais de sete casos de queda de árvores registrados pelo Corpo de Bombeiros.
Um dos casos aconteceu na rua Clóvis Bevilácqua, na altura do número 44. Uma árvore caiu por volta das 16h de ontem (17/10) e atingiu uma residência onde mora um casal de idosos, que ficou isolado por conta dos galhos. A aposentada e vizinha das vítimas, Fátima Esgrilies, conta que o horário da queda foi próximo ao de saída das crianças da EMEF Luiz Olinto Tortorello, escola próxima do local. “Ainda bem que a árvore caiu um pouco antes. Se pegasse alguém, poderia ter matado”, disse.
Fátima conta que havia cupins no tronco, o que pode ter influenciado na queda da árvore. A fiação foi atingida e a rua ficou sem luz até às 4h desta quinta (18), quando a Eletropaulo normalizou a situação.
Caso semelhante aconteceu às 5h30 desta quinta-feira (18/10), na rua Amazonas, também em São Caetano. Um caminhão bateu em uma árvore em frente da residência do autônomo Laércio Ferraz. A madeira estava fraca por conta da forte chuva e dos ventos. Ao ter um de seus galhos atingidos, não aguentou o impacto, e deixou o bairro com oscilações de energia. “Quem mora no alto não sofre tanto com as inundações, mas ontem desceu um tapete d’água pela rua” disse. A SAESA (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de São Caetano) chegou ao local para a remoção por volta das 10h desta quinta, e a Eletropaulo ainda não havia respondido aos chamados de reparo.
Falta de limpeza nos piscinões
Os piscinões da avenida da Príncipe de Gales, em Santo André, e da Vila Vivaldi, em São Bernardo, estão com limpeza atrasada. Construídos para evitar enchentes nas vias, os córregos que cortam as regiões estão repletos por mato.
A situação mais grave é a do piscinão da Príncipe de Gales, no qual, em alguns pontos, não é possível ver a água por conta do lodo e do mato alto dentro e fora do córrego. A sujeira atrapalha o escoamento da água e os piscinões perdem sua função, o que pode provocar inundações. Com a aproximação do verão, a tendência de fortes chuvas no fim da tarde aumenta e a preocupação dos moradores duplica.