Planejamento: sem PL, Eletrobras pode assumir dívida da Amazonas Energia

O Ministério do Planejamento informou que a rejeição do projeto de lei que viabilizava a venda da distribuidora Amazonas Energia pode levar à dissolução da companhia e à licitação da concessão de forma separada.

Em nota, a pasta destacou que, nesse cenário de liquidação, as dívidas bilionárias ficariam com a Eletrobras, prejudicando o caixa da empresa. Além disso, o Planejamento informou que, ao contrário do que os senadores acreditam, os empregos dos funcionários da empresa não estão garantidos.

Newsletter RD

“No caso da dissolução da distribuidora de energia do Amazonas, o custo de liquidação que poderá ser suportado pela Eletrobras passa de R$ 13 bilhões, isto sem levar em consideração todos os passivos possíveis (não provisionados)”, disse o ministério.

“Registre-se que, embora a Eletrobras Holding seja uma empresa estatal não dependente do Tesouro Nacional, o custo de liquidação desta distribuidora, além de impactar o balanço da holding, prejudica o processo de recuperação empresarial e sua capacidade de investimento no curto e médio prazo, podendo ainda trazer reflexos diretos ao seu caixa”, diz a nota.

“Cabe registrar que a prestação destes serviços sem contrato de concessão, conforme deliberado em Assembleia Geral Extraordinária da Eletrobras, ocorrida em 30 de julho de 2018, somente poderá permanecer de forma precária até o dia 31 de dezembro de 2018. Expirado o respectivo prazo (31 de dezembro de 2018) sem a venda das distribuidoras, o caminho natural é a dissolução das companhias e a licitação da concessão de forma separada”, diz o Planejamento.

“Por fim, cabe ainda destacar que a liquidação, além de não garantir a manutenção dos empregos e da atividade produtiva, coloca em risco a continuidade da prestação dos serviços públicos, onerando toda a coletividade.”

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes