Em ação alinhada ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, datado nesta segunda-feira (10/9), São Bernardo promove ações de conscientização para humanizar e ampliar o atendimento psicossociais. Até sexta-feira (14/9), todas as 34 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade irão promover grupos de apoio com psicólogos.
Espaços aconchegantes foram montados nas unidades de Saúde, a fim de explicar à população sobre a importância do Setembro Amarelo. Assistentes sociais e psicólogos irão realizar, por meio do NASF (Núcleo de Atenção a Saúde da Família), rodas de conversa (individuais ou coletivas). Todos os pacientes que apresentarem sinais de alerta para o suicídio serão encaminhados para acompanhado nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
Ao longo deste mês, também serão promovidas palestras nas escolas municipais e estaduais, para professores e alunos. Esses encontros serão ministrados pela equipe do CAPS infantil, para diminuir as taxas entre as crianças e adolescentes.
Por mês, são realizados 16 mil atendimentos, nos nove CAPS, oito residências terapêuticas, uma unidade de Pronto Atendimento Psiquiátrico e no Núcleo de Trabalho e Arte (Nutrarte). Além do atendimento ambulatorial, a cidade também investe em projetos alternativos e profissionalizantes. Nesses trabalhos, além de tratamento médico, os usuários acabam recebendo uma ajuda de custo. Toda a renda do que é produzido é dividida entre os participantes.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. Ela está associada à pacientes portadores de doenças mentais (Depressão, transtorno bipolar, excesso de álcool e drogas), a aspectos sociais (estar desempregado ou aposentado, viver em isolamento, ter perdido o vínculo com a família ou viver em situação de rua), problemas psicológicos (ter passado por perdas recentemente, humor instável ou agressividade, abusos sexuais ou físicos) ou até por condições de saúde (doenças orgânicos, dor crônica, doenças neurológicas, HIV/Aids, entre outras).
Entre os anos de 2010 a 2017, foram noticiados 212 óbitos por suicídio em São Bernardo. Ao todo, 78,38% das vítimas eram homens de 20 a 39 anos e 21,69% eram mulheres, na mesma faixa etária. Para o secretário de Saúde, Dr. Geraldo Reple, muitos desses casos poderiam ter sido evitados.
“Precisamos sempre estar atentos aos sinais, pois as pessoas com tendências suicidas sofrem em silêncio. Muitas vezes, elas necessitam apenas dividir a angústia. Quando suspeitar que alguém esteja se isolando ou sofrendo, ofereça ajuda. Um simples gesto pode ajudar a salva uma vida”, pontuou Reple.
Ao todo, a cidade conta com 32 psiquiatras e 17 psicólogos que atuam nos 9 CAPS e na Unidade de Pronto Atendimento Psiquiátrico. Além disso, todas as UBS possuem auxílio psicológico, onde os pacientes são encaminhados para tratamento nos CAPS.
Para buscar ajuda, basta entrar em contato com o Centro de Valorização a Vida (CVV), no telefone 188, ou procurar qualquer unidade de saúde da cidade. Em casos de urgência, entre em contato com o serviço de Emergência do SAMU – 192.