
Em meio ao desgaste pelos fechamentos de sete postos de saúde desde o fim de julho do ano passado, o governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), espera começar a reverter o quadro com a inauguração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Bangu, no 2º Subdistrito. Fechado desde 2016, o equipamento tem reabertura marcada para o dia 21 de abril.
“Tenho até convidado as pessoas a irem lá, para entender o modelo que queremos implantar na cidade. Como a classe política está desgastada, quando você fala de modernização de um equipamento público, as pessoas não acreditam. Então quero que vejam lá um sistema informatizado, atendimento humanizado, novas instalações e um padrão de qualidade que não deve nada a um hospital privado”, descreve o prefeito.
Com 33 leitos no total, a unidade terá toda a estrutura física separada entre a ala de atendimento a adultos e a pediatria, inclusive, com entradas distintas para cada setor. Ao todo, o equipamento contará com painel eletrônico com senhas de chamadas para atendimento. Classificada como “espetacular” por Serra, a unidade será o primeiro serviço de 24 horas no 2º Subdistrito.
Segundo o prefeito, o equipamento terá um sistema de avaliação por parte de usuários, logo após o atendimento. Tal mecanismo deve se expandir a outras unidades da rede municipal de Saúde. “Hoje, não temos nenhuma ferramenta de avaliação. E baseado nisso, faremos a repartição de verbas, premiando a meritocracia e criando uma concorrência saudável entre as unidades por melhor atendimento”, explica.
Ainda na condição de PA (Pronto Atendimento) Bangu, o equipamento foi fechado no fim de 2016, no encerramento da gestão do ex-prefeito Carlos Grana (PT), para obras de expansão. Na ocasião, o governo justificou a interdição para não oferecer risco aos pacientes enquanto ocorriam os trabalhos de reestruturação. A unidade contava com 24 leitos e atendia em média, por mês, 12 mil pessoas.
Outras unidades
Santo André ainda aguarda um posicionamento do Ministério da Saúde para o recredenciamento da UPA Centro, também fechada desde 2016. Caso consiga a autorização, a administração municipal não seria obrigada a devolver R$ 2 milhões para União, valor destinado para o equipamento. A previsão inicial do Paço era iniciar as intervenções em maio.
Mesmo com a UPA Central, ao lado do Paço e a uma curta distância, a UPA Centro, na rua Coronel Agenor de Camargo, teria uma função mais estratégica no governo. A unidade faria atendimentos gerais e algumas especialidades médicas, assim desafogando o CHM (Centro Hospitalar do Município), próximo ao local, que voltaria a se focar em procedimentos clínicos mais complexos, como neurocirurgia e pediatria.
“Estamos cumprindo os prazos burocráticos para o recredenciamento, mas o processo licitatório já está encaminhado e a previsão é de reabertura da UPA Centro também até o fim do ano”, assegura o secretário municipal de Saúde, Márcio Chaves (PSD).
O governo também prepara o pedido de credenciamento do PA da Vila Luzita como uma nova UPA junto ao Ministério da Saúde. As adequações seriam feitas sem necessidade de fechar a estrutura para atendimentos. Com a conversão, a administração municipal receberia verba da União para manutenção da unidade, inicialmente previsto como porte VI ou VII, que contariam com aporte mensal R$ 233 mil e R$ 267 mil.