Foi publicado no Boletim Informativo (BI), da Câmara de São Bernardo, nesta terça-feira (7), o projeto de lei do Executivo que abre um crédito de R$ 3 milhões para finalizar a obra do Museu do Trabalho e do Trabalhador, e assim implantar no local a ‘Fábrica de Cultura’. Proposta pode ser votada na sessão desta quarta-feira (8), pois foi pedida a votação em regime de urgência.
Segundo a justificativa do prefeito Orlando Morando (PSDB), o investimento será para “reforma e adequação do próprio municipal inacabado localizado junto à Praça Samuel Sabatini”, assim transformando o local em ‘Fábrica de Cultura’, projeto idealizado pelo Governo do Estado. Apesar de deixar clara a iniciativa da mudança de Museu para ‘Fábrica’, o tucano não afirmou em sua justificativa se haverá investimentos do Estado no local.
As obras do então Museu do Trabalho e do Trabalhador estão paradas oficialmente desde julho, por decisão judicial a pedido do Ministério Público. O local é alvo da Operação Hefesta, da Polícia Federal, que investiga supostos desvios da verba do Ministério da Cultura destinada para a construção do equipamento cultural.
O ex-prefeito Luiz Marinho (PT) e mais 21 pessoas foram indiciadas por supostas fraudes e superfaturamento da obra. Em entrevista ao RDtv, na semana passada, o petista afirmou que está tranquilo em relação ao caso e que espera ser chamado pela Justiça para prestar esclarecimentos.
Em agosto, o Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, deu autorização para que a Prefeitura de São Bernardo buscasse a mudança do objeto do equipamento cultural junto ao Judiciário a partir de uma TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). Na época, Orlando Morando chegou a dizer que caso a autorização fosse dada, a obra poderia ser concluída em 120 dias.
Promessa
A transformação do Museu do Trabalho e do Trabalhador em ‘Fábrica de Cultura’ é uma promessa de campanha de Orlando Morando. Em uma das caminhadas durante a eleição de 2016, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), não confirmou apoio a ideia, pois considera que o equipamento que está em construção em Diadema já seria suficiente para atender os jovens de São Bernardo. Apesar da não confirmação de Alckmin, Morando manteve a promessa.