Fundada em 2005, a UFABC (Universidade Federal do ABC) já está entre as melhores do mundo. Junto com outras 20 instituições de ensino superior no Brasil, a universidade se encontra no ranking internacional das mil melhores, segundo publicação britânica “Times Higher Education”. No entanto, o País perdeu representatividade no levantamento, uma vez que na edição do ano passado, eram 27 organizações.
Pelo ranking, a UFABC é a quarta mais bem avaliada entre as instituições brasileiras, apenas atrás da USP (Universidade de São Paulo), Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). No World University Rankings, a universidade, que tem os campi em Santo André e São Bernardo, aparece na faixa de 601-800.
De acordo com o pró-reitor de Extensão e Cultura da universidade, Daniel Pansarelli, essa conquista merece comemoração e demonstra o diferencial da instituição, embora deixe como ressalva um alerta. “A UFABC tem se destacado em vários rankings pelas pesquisas, por ter 100% dos docentes com doutorados, que produzem conhecimento para a sociedade. Mas nesse cenário de crise econômica, temos sofridos com cortes em orçamentos e contingenciamentos”, lembra.
O docente lamenta que ainda não haja uma percepção no Brasil que investir em tecnologia e inovação é um passo fundamental para superar turbulências no setor econômico. “O nosso Plano de Desenvolvimento Institucional prevê o crescimento bastante significativo nas atividades de graduação e pós-graduação. Mas isso depende de apoio do Ministério da Educação para novas vagas para docentes e funcionários técnicos e de laboratórios”, completa.
Pelo levantamento, a USP segue como a primeira do País, em um grupo que está entre 251 e 300 melhores universidades. Após a posição de número 200, o ranking deixa de considerar as instituições de forma unitária e passa a considerá-las por grupos. No ano passado, a universidade também estava neste grupo.
O ranking também mostra que as universidades federais do UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFBA (Bahia), UFG (Goiás), Ufop (Ouro Preto), UFSM (Santa Maria), Ufla (Lavras), UFV (Viçosa) e a UEL (Universidade Estadual de Londrina) e UEM (Universidade Estadual de Maringá) deixaram de participar do ranking.
Por outro lado, entraram para este grupo as seguintes instituições: Universidade Federal de Itajubá (601-800), Universidade de Brasília, Universidade Federal de Pelotas e Universidade Estadual de Ponta Grossa, todas na faixa 801-1000.
A Universidade de Oxford se manteve como a primeira na lista do World University Rankings. Já a Universidade de Cambridge subiu duas posições e está em segundo, ultrapassando o Instituto de Tecnologia da Califórnia e a Universidade de Stanford, ambos em terceiro lugar. Os Estados Unidos seguem com a maior quantidade de posições no topo do ranking: seis das dez primeiras são norte-americanas.