Uma nova tecnologia que permitirá a comunicação entre a embalagem e o consumidor, chamada de “embalagem interativa”, está no campo de pesquisas da Braskem, em parceria com a universidade norte-americana de Clemson e com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
A embalagem interativa utiliza indicadores específicos para sinalizar o estado de conservação do conteúdo inserido nela e emitir o alerta externamente. Com isso, a embalagem mudará de cor e mostrará quando o produto estiver impróprio para consumo. Esta tecnologia poderá ser utilizada em produtos perecíveis de diversos setores.
Em pesquisas realizadas com aves, carnes e peixes, por exemplo, as alterações no seu pH são determinantes para a mudança de cor da embalagem. De acordo com Patrick Teyssonneyre, diretor global de Tecnologia e Inovação da Braskem, toda a cadeia de valor de um produto pode ser beneficiada com a tecnologia. “Isso dará mais segurança ao consumidor acerca da qualidade do produto que ele leva para a casa e, por outro lado, as empresas terão o controle da integridade de seu produto após a fabricação, seja no transporte ou no ponto de venda”, reforça.
A Braskem iniciou a pesquisa sobre embalagens interativas em 2013, concluiu a prova de conceito em 2015 e produziu os primeiros protótipos de laboratório em 2016. Atualmente possui disponibilidade para avançar o estudo com os setores interessados. “O desenvolvimento da embalagem interativa para um segmento específico precisa ser customizado, por isso sua chegada às prateleiras deve levar mais alguns anos”, explica Teyssonneyre.