A preocupação com o não andamento da linha 18-bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra) fez com que os prefeitos aprovassem, nesta terça-feira (6), em reunião no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, um ofício para ser enviado ao Governo do Estado para mudar o modal da obra para que a mesma possa sair do papel.
O documento será enviado ao Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (7). “Estamos preocupados. Foi feito recentemente um aditamento de 180 dias no contrato. O nosso medo é de que depois deste prazo seja feito outro aditamento e aí chega a data de entrega do projeto (2018) e a obra não saiu do papel, por isso que vamos enviar esse ofício”, explicou o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB).
A linha 18-bronze foi projetada para ser um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que ligaria a estação Tamanduateí (linha 3-verde) até São Bernardo (estação Djalma Dutra), passando por Santo André e São Caetano. Uma das ideias do Consórcio é que o projeto vire um BRT (Bus Rapid Transit), com elevações para que a linha não sofra interrupções dos semáforos no meio do caminho. Segundo Morando, o novo modal acrescentaria sete minutos a mais no tempo que o usuário passaria no trajeto completo.
Os prefeitos vão aguardar até a resposta do Governo Estadual até o final do prazo do atual aditamento, ou seja, até novembro, para saber se haverá a mudança no projeto. “Nós temos que aguardar, mas nenhum prefeito pode falar que não sabe o que está acontecendo. Todos estão de acordo com essa decisão”, disse o tucano.
Barreiras
Com o início das obras previsto para o segundo semestre de 2014, a linha 18-bronze passou por alguns problemas como a falta de verba para as desapropriações e também a não autorização para que o comando do Palácio dos Bandeirantes conseguisse contrair um empréstimo de US$ 128,7 milhões. No total, a obra custaria R$ 4,26 bilhões. O projeto prevê a construção de 13 estações e intenção era de atingir 314 mil usuários diariamente.