O Dia da Indústria foi comemorado no Brasil nesta quinta-feira (25/5). Para marcar a data, o Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC), realizou em Santo André, o III Seminário Dia da Indústria, que trouxe temas relacionados a sinergias para o Polo Petroquímico e apresentou plano da entidade para o desenvolvimento sustentável da indústria na região.
O evento também serviu para celebração de acordo de cooperação entre a entidade e o Senai Mauá para melhor interação entre os cursos ofertados e as demandas de formação profissional por parte do Polo Petroquímico. O primeiro trabalho realizado em conjunto foi a criação do curso técnico em Petroquímica, lançado em janeiro.
O seminário contou com a participação de profissionais que atuam nas empresas associadas e nas indústrias da região, bem como de secretários de Desenvolvimento Econômico e representantes de entidades, entre elas a Universidade Federal do ABC.
O gerente executivo do COFIP ABC, Francisco Ruiz, afirmou ao RDtv que o grande desafio da entidade é criar sinergia entre toda cadeia do setor, que conta com mais de 1.000 empresas químicas, de pequeno porte, no ABC e consomem produtos do Polo Petroquímico.
“A intenção é fazer essa cadeia funcionar organicamente, ou seja, ter pautas conjuntas, compras em sinergia conjuntas e projetos. Isso tudo está contemplado em nosso planejamento estratégico e vai começar agora, a partir desse ano”, diz.
Ruiz também disse que a COFIP está se reunindo com secretários de Desenvolvimento da região, especialmente de Mauá e Santo André, mas que posteriormente, haverá encontros com os gestores de outras cidades. “Existe uma força muito grande de gestão e planejamento desses executivos, que vão trabalhar juntos com os entes públicos. Isso exige um planejamento de médio e longo prazo”.

Já o presidente da COFIP ABC, Claudemir Peres, ressaltou que as indústrias do Polo geram 10 mil empregos, sendo 2,5 mil diretos e 7,5 mil indiretos. Em relação a receita orçamentária gerada para os municípios destacou que o valor agregado fiscal para Mauá corresponde entre 60% e 70% de toda arrecadação. Já em Santo André fica entre 35% e 40%.
Sobre o atual momento da indústria para o País, afirmou que a análise tem que ser ponderada em todos os setores da economia, pois existe incerteza sobre a situação política e econômica.
“O momento é de focar o nosso trabalho, olhar para dentro das nossas organizações e entender como aumentar a produtividade para nos tornarmos mais competitivos. Seguramente essa crise vai passar. Precisamos estar preparados para quando ela passar estarmos prontos para atender a demanda” disse Peres.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Santo André, Ailton Lima, falou da importância da atualização da Lei de Uso Ocupação e Parcelamento do Solo da cidade para o empresariado, que preserva o eixo Tamanduateí, principalmente para atividade industrial. “Isso vai trazer um resguardo de uma grande área e fica preservada atividade industrial”.
“Estamos trazendo para o seminário um debate de reflexão sobre as formas de aglomeração que os setores industrias podem ter dentro da região do ABC”, disse a diretora da Agência de Inovação da UFABC, Anapatrícia Morales.
Já o secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Fabio Palacio, destacou que a indústria química é um dos seis pilares do Polo Tecnológico do ABC, sendo uma das mais importantes.
“É extremamente importante para nossa região o fortalecimento da indústria petroquímica e o auxílio por todos os meios do poder público para o fortalecimento dessa cadeia”, disse Palacio, que também falou a respeito da instalação do Parque Tecnológico na cidade.