Em assembleia realizada em sua sede na noite desta sexta-feira (19), o Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) recusou a proposta da Prefeitura para que a negociação sobre o reajuste do funcionalismo aconteça apenas no segundo semestre. Executivo justificou que trabalha com um gasto acima do permitido por lei. Sindicato considera que números apresentados não são reais e aprovou calendário de manifestações para os próximos dias.
Na segunda reunião da mesa de negociações que ocorreu também nesta sexta, os membros do Paço diademense afirmaram que a folha de pagamento com o funcionalismo chegou aos 55,53% nos primeiros quatros meses de 2017. Número acima do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que estipula o limite de 54%. Com essa justificativa, o governo pediu para que as pautas econômicas do Sindicato só fossem retomadas em 1º de julho, quando acreditam que a situação financeira do município possa permitir as negociações.
Cerca de 70 funcionários foram a sede do Sindema e decidiram por unanimidade rejeitar a proposta do Executivo. “Está claro que estes números não estão corretos. Eles (governo) dizem que está porcentagem leva em conta também os terceirizados, porém no mesmo papel que nos mostraram, e que não consideramos como um documento oficial, não diz qual é a porcentagem paga para estes terceirizados, por isso é que vamos nos movimentar agora”, explicou o presidente do Sindicato, José Aparecido da Silva, conhecido como Neno.
Na mesma reunião foi aprovado o chamado “plano de luta”. Entre 24 e 26 de maio será feita a entrega de um boletim com as informações da Assembleia. De 29 a 31 serão realizadas reuniões com o funcionalismo em seus locais de trabalho, as chamadas “paralisações relâmpago”. No dia 31, às 9h, o Sindicato vai acompanhar a audiência pública sobre os números do 1º quadrimestre de 2017, na Câmara. No dia 1º de junho uma assembleia que pode decretar estado de greve caso considerem que a Prefeitura possa dar o reajuste dos salários levando em conta a inflação, ou seja, 4,48%.
Estatuto
Outro assunto que causa preocupação entre os funcionários públicos de Diadema são as possíveis mudanças que podem ser feitas no Estatuto do Funcionalismo. Uma comissão foi montada pelo governo em abril para avaliar o texto. A direção do Sindema está preocupada que um novo texto possa trazer a exclusão de alguns direitos trabalhistas, principalmente seguindo as reformas serão discutidas no Congresso Nacional.