A novela sobre a saída de Diadema do Consórcio Intermunicipal Grande ABC segue sem previsão de fim. O prefeito diademense, Lauro Michels (PV), não compareceu à reunião dos prefeitos que ocorreu nesta quarta-feira (3). O presidente da autarquia regional, Orlando Morando (PSDB), afirmou que o município não terá um tratamento diferenciado por causa das dívidas que motivam o pedido de Michels.
Michels enviou ao Consórcio o seu assessor especial, o ex-vereador José Dourado (PSDB), que ao ser questionado sobre qual será o próximo passo da Prefeitura de Diadema para tentar deixar a entidade, informou que não tinha uma posição definida. “Sabemos que a dívida é grande e isso é um problema. Vamos ver o que será feito”, resumiu.
O pedido de saída do Executivo diademense foi baseado no protocolo de intenções, um documento assinado antes da criação do Consórcio, em 1990. Desde 8 de fevereiro de 2010, a entidade regional passou a ser pública, assim exigindo que todas as suas principais decisões passassem pelo crivo dos sete Legislativos.
Assim, a saída de Diadema, segundo as regras da autarquia, só poderia ser feita com o aval dos vereadores, porém a bancada de oposição – 12 dos 21 vereadores, já se posicionaram contra a intenção de Lauro Michels. Nos bastidores, o governo diademense tenta convencer parte deste grupo para que possam fazer parte da base governista e assim garantir apoio a proposta. Porém ainda não obteve sucesso.
Indagado sobre as negociações com Diadema, Orlando Morando garantiu que o município não será tratado em regime diferenciado em relação aos demais. “Todos assinaram a divisão da dívida em 72 vezes e assim conversamos. Vamos ver se mantemos Diadema no Consórcio”, explicou. A dívida diademense está em cerca de R$ 7 milhões.