A questão previdenciária virou a principal dor de cabeça de Kiko Teixeira (PSB), prefeito de Ribeirão Pires. Em entrevista ao RDtv, o chefe do Executivo revelou que o município deve R$ 100 milhões para o INSS e o Instituto Municipal de Previdência – Imprerp. Além disso, o socialista revelou qual será o destino da verba que seria utilizada para a construção do teleférico.
Questionado sobre a busca de recursos para o município, principal dificuldade encontrada pelos novos prefeitos, Kiko afirmou que estava acostumado em trabalhar com os recursos escassos (estimativa para 2017 de R$ 327 milhões). Mesmo assim, afirmou que a situação referente a falta de repasses para a previdência faz com que o município não tenha a Certidão Negativa de Débitos (CND).
“Nós não estamos saindo do zero, estamos saindo do menos cinco, porque para firmar um convênio, nosso problema é colocar em ordem a Prefeitura, principalmente em relação às contribuições previdenciárias, ou seja, o município não consegue firmar convênios”, explicou.
Segundo o prefeito, apesar de ter descontado dos vencimentos dos funcionários, a Prefeitura não repassa a verba referente à Previdência há um ano e meio, assim acumula uma dívida de R$ 100 milhões. Entre as propostas que sofrem prejuízos está a parceria com o governo do Estado em torno do projeto para diminuir os acidentes de trânsito. Por causa da dívida, Kiko pediu para que a verba de R$ 1 milhão seja enviada após conseguir a CND. A expectativa é que o fato aconteça em abril.
Turismo
Ciente da possibilidade de perder o título de estância turística, Kiko Teixeira (foto) pretende reorganizar todos os órgãos ligados à área. O socialista articula junto ao governo estadual a mudança do projeto da construção de teleférico em investimentos em uma vila gastronômica. “O projeto do teleférico do ex-prefeito Saulo Benevides (PMDB) é uma obra que não não fica em pé”, diz.
“O teleférico começou sem qualquer tipo de planejamento, nem de execução e sem planejamento de longo prazo prevendo o seu custeio. Foi uma obra aprovada sem nenhum tipo de licença, sem as devidas licenças e já se gastou um percentual de dinheiro nisso. A obra está estimada em R$ 28 milhões, é uma fortuna que o município não tem. Essa é a grande verdade”, afirmou.