A votação do projeto de lei que visava reduzir os salários dos vereadores de Ribeirão Pires acabou com muita confusão nesta quinta-feira (16). Um munícipe (foto) acabou deferindo um tapa na cara do presidente da Câmara, Rubens Fernandes, o Rubão (PSD), durante os trabalhos. Outras confusões aconteceram entre legisladores e também entre os cidadãos que acompanhavam os trabalhos.
A agressão ao líder do Legislativo aconteceu durante o discurso de Humberto D’orto Neto, o Amigão D’orto (PTC). Rubão interrompeu a fala do colega de Casa para reclamar do munícipe Leandro Majerele que estaria o ofendendo. Irritado, o presidente da Câmara afirmou que Majerele tinha uma acusação de violência doméstica.
“Tem um cidadão que bate em mulher e que está me xingando. Tem denúncia e tudo”, esse momento Leandro saiu do fundo da Câmara e foi até o plenário. Sem ser impedido acabou dando um tapa na cara de Rubão, que tentou partir para cima do munícipe, mas acabou contido por outros vereadores e funcionários. Enquanto isso, Majerele era levado para fora por outros dois homens.
Antes da agressão, testemunhas também presenciaram um desentendimento dentre D’orto – um dos defensores da proposta de redução e outros vereadores. O parlamentar também teve de ser contido. Outra confusão acabou acontecendo nas ruas próximas ao Legislativo, quando partidários de governistas e oposicionistas também trocaram tapas e socos. A Polícia Civil e a Guarda Civil Municipal ajudaram a acalmar os ânimos.

Votação
A proposta do Professor Amaury Dias (PV) para reduzir os salários dos vereadores de R$ 10.021,71 para R$ 2.298 – piso nacional dos professores, acabou rejeitada por 14 votos contra dois. Em entrevista ao RDtv, em fevereiro, o verde considerava que a medida poderia gerar uma economia de R$ 1,5 milhão ao ano para o Legislativo. Esta foi a primeira proposta protocolada pelo vereador de primeiro mandato.
Outros casos
Em Santo André, a invasão de plenário realizada por um munícipe durante a votação do Plano Municipal de Educação, em 2016, fez com que o então presidente da Casa, Ronaldo de Castro (PRB), chegasse a anunciar que instalaria uma redoma de vidro para separar os vereadores do público. Porém, o caso acabou sendo deixado de lado após críticas dos demais vereadores.
Em São Bernardo, a última invasão ocorreu em novembro de 2013. Durante a votação do Estatuto do Magistério, um grupo de munícipes entrou no plenário por uma das portas de vidro. A sessão acabou interrompida e os manifestantes chegaram a dormir na Câmara, saindo apenas na manhã do dia seguinte.
Em Diadema, as últimas invasões foram realizadas em protestos em torno da moradia e sobre o reajuste dos salários dos funcionários públicos. Em todas as câmaras, quando há uma invasão no plenário a sessão é suspensa imediatamente até que se restabeleça a ordem.