A novela sobre a participação do PPS, DEM e PEN na base aliada ao governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), ganha um novo capítulo. Nesta quinta-feira (9), o líder do bloco na Câmara, o vereador Sérgio Ramos da Silva, o Companheiro Sérgio (PPS), afirmou que aguarda um posicionamento do chefe do Paço para garantir a volta da bancada à base governista.
“Estamos conversando com o prefeito para que possamos nos alinhar, pois a nossa intenção é ser situação, porque defendemos o nome do Lauro, pois é o mais preparado para dar um seguimento nos trabalhos da cidade. Agora estamos aguardando os partidos conversarem para poder se alinhar, para defender os interesses da população”, explicou o popular-socialista.
Questionado sobre a possibilidade de indicação de aliados para o primeiro escalão do Paço diademense, Sérgio negou e afirmou que a intenção é “participar dos projetos do Governo”. Porém, ao ser indagado sobre a possibilidade do presidente municipal do PPS, José Carlos Gonçalves, voltar a assumir a Secretaria de Transportes, o vereador que pode indicar o ex-chefe da Pasta ou outro nome.
O grupo tinha dois representantes no secretariado diademense, Gonçalves e o então secretário de Cultura, Paulinho Correria (PEN). Porém, com a falta de abertura para novas pastas para o grupo, ambos entregaram os cargos em janeiro, poucos dias após o início da nova gestão de Lauro Michels que afirmava que precisava encaixar os demais partidos que apoiaram sua candidatura a reeleição em outros cargos.
Novela
O imbróglio entre Michels e os aliados começou logo após o fim das eleições. Os partidos formaram a segunda maior bancada da Casa com cinco vereadores: Companheiro Sérgio, Audair Leonel e Boquinha (ambos do PPS); e Pretinho do Água Santa e Salek Almeida (ambos do DEM). Populares-socialistas e democratas queriam mais espaço no primeiro escalão.
Lauro Michels não cedeu e houve a primeira “rebelião” com o acordo com a oposição (PT/PRB/PR) para que Pretinho do Água Santa fosse o indicado para a presidência da Câmara. Após conversas nos últimos dias de 2016, houve um acordo para uma chapa única encabeçada pelo vereador Marcos Michels (PSB). “Isso foi um gesto da nossa parte. Abdicamos da presidência para mostrar que estávamos junto com o Governo”, disse Companheiro Sérgio.
Mas poucos dias depois houve a entrega dos cargos nas Secretarias de Transportes e Cultura, e por consequência uma nova debandada para a oposição, o que culminou no domínio das principais comissões para o PT (Orlando Vitoriano em Justiça e Redação) e PRB (Pastor João Gomes em Finanças e Orçamento).