A crise financeira no País restringiu, e muito, as decorações de rua neste Natal na região. Quem sempre aproveitou esta época para curtir o clima natalino vai ter de se contentar com pouquíssimos endereços. Um deles é o jardim do Hospital Beneficência Portuguesa, em Santo André, que há 26 anos mantém a tradição de enfeitar toda a entrada. O cenário chama atenção de quem passa na movimentada avenida Portugal.
Com expectativa de atrair 180 mil visitantes, a Estação da Alegria – tema da decoração -, convida o público a entrar numa cidade de neve onde uma locomotiva apita, gira as rodas e solta fumaça.
De autoria do arquiteto e urbanista Raymon Marchini, diretor de Projetos e Obras do hospital, o cenário foi montado em 40 dias. ”Este ano usamos materiais dos anos anteriores para fabricar a locomotiva e vagões de brinquedos”, afirma Janice de Oliveira, coordenadora de Marketing do hospital.
Outra opção para visitar é em São Caetano, onde a Aciscs (Associação Comercial e Industrial), em parceria com a Prefeitura, promove a campanha Natal Iluminado. A decoração conta com mais de dois milhões de lâmpadas de LED, nas ruas. Além disso, a Câmara, que fica na avenida Goiás, ganhou uma projeção de imagens tridimensionais na fachada. A exibição natalina acontece diariamente a cada meia-hora, das 19h às 22h, com duração de sete minutos, durante o período natalino.
Decoração enxuta
Em Ribeirão Pires, o trenzinho do Natal Encantado também não circula mais. A Vila do Doce é a única atração da cidade, com uma árvore de Natal instalada na área entre quiosques e o palco na Praça Central. A estrutura, patrocinada pela Aciarp (Associação Comercia, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires), tem 10 metros de altura e está repleta de luzes e enfeites de Natal.
A casa da dona Adinir Sampaio, na rua Porto Alegre, em Santo André, trocou as luzes por uma decoração mais enxuta. De acordo com a moradora, este é o pior ano em relação às luzes de Natal da residência. “A única motivação para continuar, é oferecer um clima natalino para quem passa em frente à nossa casa. Muita gente para o carro aqui para ir até o Hospital Brasil. O dia 25 costuma ter um clima muito triste, então mantivemos para dar alegria”, diz. (Colaborou Raíssa Ribeiro)