Base de Michels racha por eleição da Câmara de Diadema

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Em meio às férias do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), sua futura base governista vem rachando por causa da definição do nome que vai liderar a Câmara no próximo biênio. Rivelino Teixeira de Almeida, o Pretinho do Água Santa (DEM), tem o apoio de parte dos governistas mais a oposição. O preferido do gestor, Marcos Michels (PV), afirmou que a articulação foi “uma surpresa”.

“Eu fico muito feliz pelo meu nome ser citado. Eu não tinha conhecimento ainda, mas eu vejo a possibilidade de concorrer, sim. Se tiver apoio, eu vou, sim, concorrer. Não vejo nenhum problema”, disse Pretinho em sua visita à Câmara nesta quinta-feira (10). Nos bastidores, o democrata tem o apoio de 12 dos 21 eleitos, sendo cinco governistas (DEM e PPS, contando com Pretinho) e mais sete oposicionistas (PT, PRB e PR).

O apoio de petistas e republicanos surpreendeu o então favorito nos bastidores, Marcos Michels. “A surpresa foi ter junto (no acordo) o PT, o PRB, mas nada que não podemos conversar e ajustar. Temos tempo para isso, tem momento para isso. Saímos de uma campanha muito difícil. Se não está no momento, é melhor se preparar para o dia primeiro”, afirmou o vereador.

A disputa interna pelo comando da Casa vem sendo travada em conjunto com o a disputa dos cargos nas secretarias. Internamente PPS e DEM tentam ampliar o espaço no primeiro escalão. Mesmo com os pedidos, Pretinho do Água Santa considera que o fato não está dividindo o grupo.

“Não, até porque eu também sou governo, apoio o governo, estou junto com eles e não vamos nos dividir nunca, nós viemos para somar. O governo é nosso parceiro e não vamos nos dividir nunca, vamos ficar juntos, sempre”, disse o democrata que também é vice-presidente do Água Santa, clube que quer aumentar sua força política dentro do município.

As primeiras conversas sobre o assunto só serão feitas após o retorno de Lauro Michels ao comando do Paço, no dia 21. Além da expectativa sobre a possibilidade de acordo, outro ponto esperado pelos vereadores é se a disputa irá interferir na reforma administrativa que será enviada ao Legislativo até o final deste ano.