Pesquisadores comparam vírus da zika e pesquisam anticorpos

O vírus da zika que está circulando no Brasil é idêntico àquele que circulou em 2013 na Polinésia Francesa, onde acarretou pelo menos 17 casos de microcefalia. Essa é uma das conclusões obtidas por pesquisadores do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que fizeram o primeiro sequenciamento completo do genoma do vírus do zika no Brasil. Eles analisaram o vírus encontrado no líquido amniótico de duas grávidas de Campina Grande, na Paraíba.

Segundo os pesquisadores, o vírus é diferente daquele que circulou em países africanos como Uganda e Senegal, onde não foram registrados surtos de microcefalia. O micróbio encontrado no Brasil é mais parecido com o da encefalite japonesa, doença inflamatória do sistema nervoso central que pode causar malformações. A encefalite é causada por um vírus também transmitido por mosquitos. A semelhança entre os vírus causadores da zika e da encefalite japonesa deve abrir uma nova frente de estudos na tentativa de combater a zika. Como já existe vacina contra a encefalite, os pesquisadores planejam analisar os anticorpos das pessoas vacinadas para verificar se eles reagem também ao vírus da zika, dada a semelhança entre ambos. A expectativa dos cientistas é que os anticorpos do vírus da encefalite japonesa também neutralizem o zika vírus.

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