ABC registra 64 casos de dengue na primeira quinzena de 2024

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Dados das secretarias de Saúde do ABC revelam que na primeira quinzena de janeiro, o ABC registrou 64 casos de dengue, e Santo André encabeça o ranking como a cidade com maior número de ocorrências: foram 25, ao todo. Já Rio Grande da Serra aparece em último lugar, sem casos confirmados.

Ao RD, a parasitologista, professora e integrante da comissão de combate e prevenção ao Aedes aegypti da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Alaíde Mader Braga, explica que o aumento de casos é resultado da combinação entre calor e chuvas intensas. “O aumento de casos é efeito, principalmente, do fenômeno do El Niño, responsável pela combinação entre calor e chuvas intensas”, diz.

Segundo a profissional, todo cuidado é pouco para evitar criadouros e a proliferação do mosquito causador de doenças como dengue, zika e chikungunya, e é importante que a população se atente às questões básicas, como cobrir e fazer a manutenção em locais com piscinas e hidromassagens, limpar ralos e canaletas e prestar atenção em plantas que podem acumular água.

Casos

Ao longo de 2023, Rio Grande da Serra contabilizou cinco casos da doença, mas de janeiro até o momento, não há novas confirmações. Em Ribeirão Pires, foram quatro casos registrados este mês, e em 2023, ao longo de todo o ano, foram registrados 23 casos. Já Mauá contabilizou nos primeiros 15 dias de janeiro oito casos de dengue. Em 2023, no mesmo período, foram quatro casos, ou seja, a metade do contabilizado este ano.

Santo André é a cidade que representa os números mais altos da doença na região. Ao longo do ano passado foram registrados 280 casos, número bastante expressivo na comparação com outras cidades do ABC. Já nos primeiros quinze dias de janeiro, a cidade registrou 25 casos, o que representa 9% do total de 2023.

Diadema e São Bernardo se mantêm atrás em casos registrados ao longo de 2023, com 174 e 81 casos, respectivamente. Em 2024, São Bernardo registrou, na primeira quinzena, 16 casos, o que representa mais de um caso por dia. Já Diadema teve apenas três ocorrências.

São Caetano fecha a conta com 63 casos de dengue ao longo de 2023, e até o momento, um caso registrado em janeiro.

Nenhuma das cidades registrou óbito em razão da dengue, contudo ao longo de 2023, o número de casos ultrapassa os 700.

Recomendações 

Moradores de casas e apartamentos devem cobrir tonéis e caixas d’água, manter calhas limpas, garrafas com a boca para baixo, lixeiras tampadas, ralos limpos e com aplicação de tela, além de lavar semanalmente pratos de vasos de plantas ou eliminá-los, higienizar os potes de água para animais e as bandejas de geladeiras que causa acúmulo de água parada.

A parasitologista ressalta, ainda, a importância de utilizar telas de proteção e, se necessário, roupas de manga comprida e calças em locais onde possa haver proliferação do mosquito, para evitar a doença. “É importante eliminar qualquer ponto onde possa ocorrer o acúmulo de água pelo menos uma vez por semana”, orienta.

Sintomas

Entre os principais sintomas para a dengue estão febre alta, dor no corpo, dores de cabeça e atrás dos olhos, além de erupções na pele. Já para casos de chikungunya, além da febre, a pessoa fica com dores nas articulações. Por sua vez, a Zika provoca febre baixa, manchas no corpo e mal-estar. Ao notar qualquer sinal destas enfermidades, procure o médico.