Empresas médias também vão ao exterior

As empresas brasileiras vivem hoje uma nova onda de internacionalização. Depois de gigantes como a Vale do Rio Doce e a Gerdau terem fincado bandeira no exterior para produzirem commodities, agora é a vez de companhias médias, fora do ranking das 500 maiores do País, e de segmentos inusitados, como turismo, softwares, aromas para indústria alimentícia, por exemplo, terem negócios além das fronteiras nacionais. Nesse rol estão a operadora de turismo CVC, a Datasul e Duas Rodas, entre outras.

Só no ano passado, 70 companhias brasileiras se internacionalizaram, segundo a Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet), que pela primeira vez fez o levantamento. “A internacionalização é crescente e cada vez mais pulverizada”, observa o presidente da Sobeet, Luiz Afonso Lima.

Newsletter RD

Para o pesquisador da Fundação Dom Cabral, Álvaro Cyrino, um dos fatores macroeconômicos que levam as empresas a irem para o exterior é a crise de crescimento no Brasil. “Ninguém investe num país que cresce praticamente no mesmo ritmo do Haiti.” Lima rebate a análise e argumenta que a sobra de recursos no mundo, propiciada pelo déficit em conta corrente dos EUA, é o motor macroeconômico da internacionalização das companhias. Números do relatório sobre investimentos da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), mostram que as economias emergentes e em transição se tornam cada vez mais significativos investidores diretos no exterior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Receba notícias do ABC diariamente em seu telefone.
Envie a mensagem “receber” via WhatsApp para o número 11 99927-5496.

Compartilhar nas redes