China vetará produção de etanol a partir de alimentos

“A China vetará todos os projetos destinados à produção de etanol (álcool combustível) e outros tipos de biocombustíveis a partir de alimentos.” Pelo menos foi o que garantiu Xu Dingming, vice-diretor de Energia da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês), durante a realização de um seminário sobre a expansão da produção e do consumo dos biocombustíveis na China.

“Nós estamos tentando evitar a ocupação de terras destinadas ao cultivo, o consumo de grandes quantidades de alimentos e a elevação dos danos ambientais durante o ciclo de desenvolvimento de nossos projetos de energias renováveis”, justificou Xu.

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Na avaliação de Xu, a China deve explorar o potencial de matérias-primas que não comprometam sua segurança alimentar. “Poderíamos modificar radicalmente o destino concedido a produtos como a celulose e o sorgo”, frisou o vice-diretor, ao divulgar que o país elabora anualmente 1,02 milhão de toneladas de etanol a partir do milho, especialmente nas províncias de Jilin, Heilongjiang, Henan e Anhui.

“Mesmo desejado pelos agricultores, os atuais custos de produção (econômicos e sociais) tornam impraticáveis a elaboração do etanol a partir do milho”, constatou Xu.

A China National Cereals, Oils & Foodstuffs Corp (Cofco), a maior importadora de óleo e de alimentos do país, antecipou que vai concentrar sua produção de etanol a partir do sorgo na sua unidade do Heilongjiang e na planta no Anhui, onde detém 20% de participação acionária. “Planejamos produzir cinco milhões de toneladas anuais”, explanou Yu Xubo, presidente da Cofco.

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