Governo tem plano para enfrentar desabastecimento

Depois de passar anos estimulando o consumo de gás natural, o governo agora negocia com distribuidoras e consumidores a elaboração de um plano de racionamento para o País. A estrutura do plano é praticamente a mesma da utilizada pelo governo Fernando Henrique Cardoso para gerenciar o apagão de energia elétrica de 2001, quando os consumidores foram obrigados a cortar compulsoriamente 20% da demanda de eletricidade.

A base do plano está praticamente pronta e deve ser enviada ao Congresso Nacional na forma de projeto de lei ou medida provisória em breve. O Estado teve acesso a uma minuta do plano, que ainda está em negociação com representantes do mercado. A estrutura prevê a criação de um comitê de crise, como em 2001, que será responsável por definir os volumes de corte em cada Estado da federação. Haverá penalidades para quem não cumprir, da mesma forma que ocorreu em 2001.

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Mesmo se a Bolívia mantiver o fornecimento de 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia ao Brasil, continua o risco para o setor elétrico. A oferta interna de gás natural não é suficiente, hoje, para que o Operador Nacional do Sistema (ONS) ordene a geração pelas termelétricas a gás. Isso não é necessário neste momento porque os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão elevados, mas, se a situação hídrica não for favorável nos próximos anos, boa parte das térmicas não poderá gerar energia por falta de gás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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