Santo André tem Zélia Duncan com música clássica gratuito

Orquestra Sinfônica dividirá palco com a cantora Zélia Duncan. Foto Miguel Denser/PSA

Zélia Duncan é a nova convidada da Orquestra Sinfônica de Santo André. A cantora faz apresentação, acompanhada dos músicos, neste sábado (26), às 20h, no Teatro Municipal da cidade. Os ingressos, gratuitos, devem ser retirados pelo público na Secretaria de Cultura, no Paço (telefone 4433-0789). O concerto integra a série Alma Brasileira, sob regência do maestro Abel Rocha, com canções brasileiras em roupagem sinfônica. A orquestra executará obras consagradas de três dos maiores compositores brasileiros: Erosão, de Heitor Villa-Lobos, Aquarela de Sambas, de Cyro Pereira, e Dança Brasileira, de Camargo Guarnieri.

Depois, com participação de Zélia, o programa terá canções em arranjos sinfônicos especialmente criados para suas músicas: Catedral, Alma, Me revelar, Renúncias, Tô, Por que eu não pensei nisso antes?, As Vitrines e Lá Vou Eu.

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Sobre a participação junto com a Orquestra de Santo André, Zélia diz ter as melhores e maiores expectativas. “Minha expectativa é a melhor possível, sei da excelência dos músicos e do maestro Abel Rocha, sem falar na importância do evento”, afirma a cantora, que está em cartaz com os espetáculos Totatiando, baseado na obra de Luiz Tatit, e Tudo esclarecido, com Itamar Assumpção. A última apresentação da cantora na cidade foi em 20111, no Sesc Santo André.

O maestro Abel Rocha assumiu a Orquestra este ano e a inserção de cantores em espetáculos é um dos objetivos. “Assumi com novos projetos e investimentos. Acredito que a minha vinda esteja relacionada a essa busca da relação com outros tipos de música, essa interlocução da orquestra com outras vertentes da música”, diz. Segundo o maestro, durante o ano existem vários eventos que envolvem a orquestra e a arte, como ópera, balé, e também a participação do coral da cidade. “Assim, busco incentivar número maior de apresentações em teatros e igrejas”, conta.

Sobre os convidados para as apresentações, como Zizi Possi, no começo de abril, e agora Zélia Duncan, Abel diz que existem características para levar em consideração. A existência de repertório adequado e a tipologia de música que possa ser adaptada à orquestra sinfônica são necessárias. “Praticamente todo repertorio pode se encaixar à música clássica, mas é claro que alguns artistas têm um cuidado musical que se adequa melhor à nossa linguagem, como Zizi e Zélia”, afirma.

Orquestra busca outras vertentes

O maestro explica que as apresentações são sempre diferentes e existe a preocupação de trazer uma linguagem diferenciada em cada concerto. “Já tratamos temas ligados à ditadura militar, num evento proporcionado pela Prefeitura, e em maio, vamos trabalhar a temática de músicas compostas para trilhas de filmes no cinema”, adianta. Abel Rocha considera a relação da orquestra com o público bem interessante. “Mesmo que as pessoas não conheçam a fundo a música clássica, o resultado é muito grande, a repercussão é muito positiva, as pessoas ficam encantadas com o universo da música que elas desconhecem”, relata.

Além de divulgar seu trabalho, a orquestra quer atingir classes de menor poder aquisitivo, com concertos itinerantes. Vamos onde a comunidade está, após a missa de domingo, por exemplo”, conta.

Segundo o maestro, um dos pontos mais críticos da orquestra é o trabalho em equipe. “Nós não nos damos conta da quantidade de trabalho que existe por trás de um espetáculo artístico. Tudo é extremamente estudado e calculado para que o público não saia da mágica, não perceba falhas. Existe uma precisão gigantesca, e com 80 pessoas, é sempre muito delicada essa relação, todos têm que se ouvir e se conhecer, para que no momento da apresentação, o público receba apenas a mágica que agente oferece”, diz o maestro, que comanda 80 músicos, metade mulher.

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