ABC - segunda-feira , 29 de abril de 2024

ABC terá inventário tecnológico, revela coordenador do GT de Desenvolvimento

Segundo Jefferson, para fomentar a cadeia produtiva do ABC, o próximo passo é agregar o Exército Brasileiro, para o qual pretende apresentar possibilidades de fornecedores da região.

O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC vai produzir o inventário tecnológico para elencar as potencialidades de negócios da região. A instituição também vai buscar crédito às empresas que estão negativas, por meio de um agente financeiro que permita o contínuo crescimento dos pequenos e médios empresários. As duas medidas foram anunciadas nesta quarta-feira (22), com exclusividade ao RD, por Jefferson José da Conceição, coordenador do GT (Grupo de Trabalho) de Desenvolvimento do Consórcio. 

Segundo o coordenador, também secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, as duas frentes fazem parte do trabalho de resgate da identidade do ABC enquanto de berço da industrialização nacional. O trabalho tem sido feito com discussão e promoção da inovação entre as sete cidades, alinhado à Agência de Desenvolvimento Econômico Regional.

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Inventário

“Vamos contratar uma empresa, via Consórcio, para produzir um inventário tecnológico das áreas públicas e privadas. A ideia é descobrir as inovações e potenciais tecnológicos muitas vezes escondidos do setor produtivo”, revela Jefferson.

É na esfera federal onde o GT mais centraliza esforços, em especial nas ações com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Exemplo é a pauta que o titular vai defender no dia 6 de junho, quando se reunirá, em Brasília, com o alto escalão da Pasta. O objetivo será dar andamento às possíveis soluções para o endividamento de pequenos e médios empresários da região.

“Desse esforço regional, estão partindo algumas soluções de impacto nacional, como a luta pelo setor de ferramentaria, que enfrenta as montadoras chinesas num grande desafio”, destaca. O secretário também anunciou, em primeira mão, a elaboração de pautas conjuntas, a partir do Consórcio, para levar reivindicações das sete cidades às esferas estadual e federal. O principal eixo no direcionamento do desenvolvimento regional, citado por Jefferson da Conceição, são os polos de Defesa e de Petróleo e Gás. “São agentes de um novo marco para a região. Temos de aproveitar, já que existe o Polo Petroquímico na região e estamos perto da Bacia de Santos do Pré-Sal. Queremos promover toda a cadeia produtiva, de modo que outras empresas, inclusive da região, possam fornecer produtos e serviços para esses setores”, explica.

Segundo Jefferson, para fomentar a cadeia produtiva do ABC, o próximo passo é agregar o Exército Brasileiro, para o qual pretende apresentar possibilidades de fornecedores da região. O Plano Regional de Mobilidade Urbana, que vai injetar R$ 7,8 bilhões no ABC, por meio de eixos estratégicos, e a instalação do monotrilho também devem contribuir com o desenvolvimento local. O secretário também vislumbra novo centro de convenções, cercado por um complexo de serviços que deverão estimular investimentos pesados por parte da iniciativa privada.

APLs são cases de sucesso

Para fomentar novos negócios, inclusive de impacto regional, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, investe no Arranjo Produtivo Local (APL), ferramenta que já chega a nove e a décima está a caminho, na área de Plástico.

São Bernardo coordena APLs nos setores Químico, Ferramentaria, Panificação, Turismo, Defesa, Bares e Restaurantes, Moveleiro, Autopeças e Gráficos. Dentro de cada segmento, estão empresários, associações, sindicatos e instituições de ensino técnico e gestão pública, na busca por parcerias e entendimentos que levem os setores à evolução. “Uma das estratégias da política de desenvolvimento econômico é o apoio e fortalecimento de APLs. Em todos, procuramos realizar diagnósticos dos problemas, elaborar e executar propostas e soluções”, enfatiza.

Um dos cases de sucesso é o APL Moveleiro, com projeto de requalificação da rua Jurubatuba, corredor com 60 mil m² de exposição de móveis e produtos de decoração, que já rendeu três feiras de móveis em parceria com o município. “Temos um projeto com o Instituto Mauá de Tecnologia de desenvolver mobiliário de baixo custo para moradias populares, o que já despertou o interesse inclusive do governo do Estado”, cita Jefferson.

Outro APL que ganha destaque é o de Ferramentaria, com participação no grupo de trabalho do governo federal que trata do Regime Automotivo, inclusão dos moldes e ferramentais entre os itens beneficiados pelo Inovar-Auto, o novo regime automotivo. “Esse projeto concede incentivos à produção nacional, além de interlocução com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para construir um programa de financiamento ao setor”, finaliza.

Veja a entrevista completa no RDtv

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