O ex-prefeito de São josé dos Campos e pré-candidato ao Governo do Estado, Felício Ramuth (PSD), visitou São Caetano nesta terça-feira (3/5) para falar com empresários e com a população. Em entrevista ao RDtv o político falou sobre sua nova tentativa eleitoral, a saída do PSDB e o cenário eleitoral no qual considera que seja o mais aberto das últimas três décadas.
“Essa disputa ao Governo de São Paulo é a mais aberta dos últimos 30 anos. Nas pesquisas espontâneas 70% da população ou mais respondem que não tem candidato ao Governo do Estado de São Paulo, 20% falam que votariam branco ou nulo e o primeiro colocado está por volta de 5% na pesquisa espontânea, fato que mostra que o cenário nacional não é realidade na campanha ao Governo do Estado de São Paulo. Eu acredito que podemos construir ao longo da campanha nossas propostas, o nosso jeito de fazer política e gestão a oportunidade de crescer nas pesquisas. Portanto é um cenário completamente aberto como nunca esteve”, explicou.
Para Ramuth, Fernando Haddad (PT) tem problemas com rejeição no interior. Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem Jair Bolsonaro (PL) como cabo eleitoral, o que forçará o ex-ministro a lidar com a rejeição do presidente. E Rodrigo Garcia (PSDB) pode crescer a partir do momento que tomou posse como governador, mas que terá problemas ao ter sua imagem aliada ao nome de João Doria (PSDB).
Aliás, Felício é um crítico da gestão Doria no Estado, principalmente com a forma de lidar com os municípios durante os momentos mais árduos da pandemia do Covid-19. O ex-prefeito afirma que não é negacionista, mas considera que o Governo Estadual poderia ter tido outras atitudes ao pensar no fechamento de alguns setores como os cabeleireiros e barbeiros.
O descontentamento com o ex-governador somado ao apoio ao ex-governador gaúcho Eduardo Leite nas prévias tucanas que definiram a pré-candidatura a presidente da República fez com que Ramuth deixasse o partido para aceitar o convite de Gilberto Kassab para ser o primeiro nome do PSD na disputa estadual.
Economia
Questionado sobre o cenário de desindustrialização no ABC, principalmente com a saída de algumas montadoras, Felício Ramuth aposta que uma das ações que podem ser feitas para evitar um processo ainda maior de debandada é usar os créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para atrair os empresários e assim iniciar um processo de crescimento no emprego.