Foram quase 360 dias como prefeito de São Caetano. Após o período de cobrança e de trabalho no Executivo, Tite Campanella (Cidadania) reassume o comando da Câmara na busca de maior modernização e tentando levar as lições de seu período como principal líder administrativo da cidade. Ao RDtv nessa terça-feira (28/12) o parlamentar resumiu o ano e falou das responsabilidades do cargo.
Ao ser questionado sobre as mudanças no secretariado feitas por José Auricchio Júnior (PSDB) ao tomar posse para o seu quarto mandato, Tite afirmou que a decisão sobre mudanças deve ser feita por quem será cobrado pelo trabalho que será feito na cidade.
“O prefeito que está na cadeira tem que saber o que via fazer, porque ele que via ser cobrado. Nesse temo que fiquei o Auricchio não foi cobrado pelas decisões, eu estou sendo cobrado pelas decisões que tomei, pelas coisas que fiz. Quando você se senta naquela cadeira (de prefeito) você tem uma real dimensão da responsabilidade que você sente”, explicou.
Durante a interinidade, Campanella conseguiu ter o apoio da Câmara para os projetos e conseguiu ter diálogo com parte da oposição sobre alguns temas da cidade como saúde, educação e causa animal. O presidente do Legislativo reconhece que tal cenário foi importante para o seu mandato como prefeito, porém, reconhece que algumas de suas decisões podem ter causado reclamações, mesmo entre os aliados, algo que foi revelado em pautas da Prefeitura que não contavam com a presença de integrantes da base governista.
“Eu precisava ter o apoio da classe política e não entendia uma eventual insatisfação ou outra que acabam acontecendo. Quando você se senta naquela cadeira e você tem a obrigação de decidir as coisas da cidade, eventualmente você vai desagradar alguém. Eu nunca fiz isso de forma deliberada, mas posso ter feito sem querer, posso ter desagradado uma pessoa ou outra, isso faz parte do processo”, comenta.
Câmara e Eleição
Eleito presidente do Legislativo em 1º de janeiro, Tite Campanella assume o cargo no final do ano, mas pensando em 2022, único ano completo que passará à frente da Casa de Leis. Apesar da busca da manutenção de boa parte das ações feitas por Pio Mielo (PSDB), presidente da Câmara nos últimos cinco anos, o agora ex-prefeito quer ampliar algumas situações como a comunicação com a população, a transparência e o processo de devolução de valores para a Prefeitura no final do ano.
Sobre as eleições do próximo ano, o vereador não esconde suas preferências. Apoiará as tentativas de reeleição do deputado estadual Thiago Auricchio (PL) e do deputado federal Alex Manente (Cidadania). Em relação a Presidência da República, Tite apoiará Jair Bolsonaro (PL), principalmente pela defesa de pautas em comum como a proibição do aborto, por exemplo.
Em relação ao Governo do Estado, Tite vê com bons olhos a tentativa de Rodrigo Garcia (PSDB). Questionado sobre a possibilidade do ministro Tarcísio Gomes disputar o comando do Palácio dos Bandeirantes, o presidente da Câmara de São Caetano afirma que prefere esperar o que o pré-candidato apresentará como propostas para decidir seu voto.