O juiz Alexandre Chiochetti Ferrari, do Foro de Rio Grande da Serra, negou o pedido de mandado de segurança cível feito pela defesa do prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB), para suspender um dos pedidos de impeachment que está em análise na Câmara. A ação foi contra o presidente do Legislativo, Charles Fumagalli (PTB). Com a decisão, segue a espera pela definição das comissões e do plenário em relação as ações para cassação do mandato. O mérito da ação ainda será julgado.
Ferrari negou as teses de Claudinho sobre o prazo de funcionamento da comissão processante que avalia um pedido de impeachment de autoria do vereador Claudinho Monteiro (PTC), em cima do que foi apurado pela CEI (Comissão Especial de Investigação) do Fura Fila da Vacina. O tucano também tentou alegar que não havia no relatório da comissão qualquer indício que pudesse gerar um processo de cassação, algo que também não foi aceito pelo juiz.
Essa é a segunda decisão consecutiva contra o chefe do Executivo. Na semana passada, o mesmo juiz negou uma ação do vereador Elias Policial (Podemos) que também pedia a interrupção da comissão processante por suposta irregularidade no momento de sua formação.
Assim, o Legislativo segue em seus últimos dias de avaliação dos dois pedidos de impeachment. Até o final da primeira quinzena de dezembro os relatórios devem ser apresentados para votação em plenário. A oposição forma maioria na Câmara – nove dos 13 vereadores, o que acaba gerando um cenário a favor da cassação, algo considerado como inevitável politicamente.
Enquanto há tempo para isso, a defesa de Claudinho da Geladeira busca na Justiça um caminho para evitar a saída, algo parecido com o cenário que ocorreu em Mauá, no ano de 2019, quando o então prefeito Atila Jacomussi (então no PSB, hoje no Solidariedade) teve seu mandato cassado, mas conseguiu retornar para o cargo cinco meses depois.