
A dona de casa Geralda da Consolação Lopes de Faria, moradora da rua Alfenas, no bairro Campanário, em Diadema, está com um imóvel vazio há um ano, desde que a mãe faleceu em outubro de 2020. Porém, de três meses para cá a conta de luz subiu de R$ 20 para R$ 400, mas a casa continua vazia. Após reclamação, a Enel revisou o valor das faturas ao seguir a média mensal.
De acordo com Geralda, o imóvel é dividido em quatro casas, cada uma com um relógio de energia independente. A munícipe mora em uma das casas, a irmã em outra, há na frente um pequeno comércio e uma terceira casa onde vivia sua mãe, dona Raimunda da Silva Lopes, que faleceu há um ano. “Desde que minha mãe morreu a casa está fechada, tudo está desligado e não tem consumo. Estavam vindo contas de R$ 17, depois de R$ 20, até aí tudo bem, a gente vinha pagando, mas há três meses veio uma de R$ 60, depois outra de R$ 300 e esse mês veio R$ 400. Como pode isso se a casa está fechada?”, indaga a moradora.
Indignada com a situação, a irmã de dona Geralda foi até a agência local da Enel, no Centro de Diadema, para pedir revisão da cobrança, mas teve o pedido negado. “Disseram que ou pagava ou a luz seria cortada. A única forma de negociar um parcelamento seria transferir a conta para o nome de outra pessoa, também com a dívida. Não aceitamos porque a gente não reconhece esse consumo e iam sujar nosso nome. Não tem como a gente pagar quase R$ 800 de conta de luz”, relata.
O RD relatou a situação à concessionária de energia e cobrou posicionamento. A empresa reconheceu inconsistências nos lançamentos e revisou as faturas. “A Enel Distribuição São Paulo informa que, após análises, identificou uma inconsistência nas leituras e revisou as faturas dos meses de agosto, para R$ 21,12, e setembro, para R$ 21,87. A distribuidora realizou tentativas de contato pelos telefones informados, mas não obteve sucesso e encaminhou as faturas revisadas para o e-mail cadastrado”, sustentou a companhia em nota.