Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (2/8), a secretária de Habitação em Mauá, Denise Lenhari Zirondi, relatou que houve incentivos para a invasão de terrenos em Mauá e que um desses incentivos para essas ocupações foram feitas pela gestão anterior, ou seja, pela gestão do ex-prefeito Atila Jacomussi. Além disso, relatou sobre o cenário atual da área no município.
Denise relatou que desde o início da gestão não aconteceram novas invasões ou ocupações na cidade, e que as existentes são nos mesmos locais que ocorreram nos últimos anos. Porém, relatou que nos últimos anos houve “incentivo” para que terrenos vazios fossem invadidos. Ao ser questionada sobre quem teria incentivado, a secretária não teve dúvidas em apontar “o culpado”.
“Olha, são diversos incentivos, mas tem muitos incentivo do próprio governo passado. Vou te dar um exemplo de um núcleo, o Pajussara, que em 2018 se você olhar por fotos aéreas você vai como era a condição desse núcleo, aí você vai vendo mês a mês, 2019 e 2020, estoura de ocupação. Enquanto a gente falava em torno de 600, 700 moradias, hoje nós passamos de 2.500 moradias”, relatou.
A secretária afirma que desde o início da gestão de Marcelo Oliveira (PT) houve um caminho de diálogo para que se evite outros problemas e a tentativa de caminhos para conseguir reduzir o deficit habitacional da cidade que está em torno de 9 mil moradias. Uma das possibilidade é pensar em mutirões populares para um número menor de habitações.
A ideia acaba surgindo após o fim do programa Minha Casa, Minha Vida dentro do programa PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Na cidade três projetos teoricamente seriam colocados nesta pauta, mas apenas um, do Parque Cerqueira Leite com investimentos de R$ 12 milhões está quase concluído. Obras no Parque Chafic e Parque Oratório ainda estão com problemas.
Até mesmo foi evitada a retirada de 400 famílias destes dois locais para evitar o aumento de problemas com a pandemia do Covid-19. Ainda é feita uma negociação com o Governo Federal para garantir investimentos em novas habitações, algo que segundo a secretária não tem a abrangência no programa Casa Verde e Amarela, que substituiu o Minha Casa, Minha Vida.
A cidade também busca o caminho para o programa de regularização fundiária. A ideia é que nos próximos quatro anos sejam feitas 10 mil matrículas, assim reduzindo parte das 43 mil matrículas necessárias para acabar com a irregularidade na cidade.