Até o fim de julho o diretório do Partido Novo de São Caetano, espera ter a definição dos pré-candidatos a vereador que vão formar a chapa para o Legislativo na eleição deste ano. O partido pretende oficializar os nomes dos postulantes à Câmara, bem como os nomes para o Executivo – Mário Bohm para prefeito e Andréa Giugliani, vice – no dia 1° de agosto. A informação é do vice-presidente do Diretório Estadual, Ricardo Alves.
O segundo nome na gestão estadual do Novo disse que, além da chapa majoritária, oito pré-candidatos a vereador já estavam definidos até essa terça-feira (30/06). Ricardo Alves considera que é grande a expectativa da sigla em São Caetano, uma das 37 cidades no estado em que o Novo terá candidatos a prefeito e a única no ABC. “Vamos fechar essa lista até o final do mês de julho e a convenção no dia 1° de agosto vai referendar os postulantes. Eu sempre disse ao Mário (Bohm) que a maior e melhor oportunidade o Partido Novo fazer um prefeito é em São Caetano, porque a cidade, com menos de 300 mil habitantes, define o prefeito no primeiro turno. Podemos fazer de São Caetano um modelo de gestão, com campanha sem gasto de dinheiro público, sem corrupção e baseado em tecnologia”, disse.
Ricardo Alves dividiu o cenário virtual do RDTv com o próprio pré-candidato Mário Bohm e com o novo presidente municipal da legenda Wellington Marques. Os três foram entrevistados pelos jornalistas Carlos Carvalho e Leandro Amaral. O trio reforçou os conceitos do Partido Novo que prega uma nova forma de política, sem uso de dinheiro público, com membros sem ligações históricas com outros partidos e aceitos somente após passarem por um processo seletivo rigoroso. “É partido dinâmico em construção. Constituímos o diretório municipal pela indicação dos filiados, o ponto fundamental é que existe uma separação do que é gestão partidária e o que é gestão política. Os mandatários não interferem na gestão política e vice e versa”, explica Alves.
O vice-presidente estadual também explicou como se deu a escolha do atual diretório municipal e a saída de integrantes da sigla. “Por razões pessoais todos os membros da primeira convenção renunciaram. No nosso entendimento tem a ver com o fato do postulante não ter sido indicado. Motivados por aquela renúncia, que ocorreu entre março e abril, programamos nova convenção, mas infelizmente essa segunda foi anulada e fizemos a terceira convenção, com cuidados para não ter interferências e temos hoje uma nova constituição do diretório que é referendada pela direção estadual e nacional do partido”, detalhou.
Essa segunda convenção foi anulada porque, segundo Alves, foram apontadas fragilidades que poderiam permitir que um membro votasse mais que uma vez. “Não tínhamos experiência nas convenções virtuais. Nos apresentaram argumentos de que poderia haver fraude; poderiam votar mais de uma vez. Há males que vem para muito bem e hoje temos uma ferramenta moderna tecnológica e segura, desenvolvida para a convenção municipal de São Caetano e que o Partido Novo vai adotar para todas as convenções nos 37 municípios onde vai participar das eleições. Vamos registrar essa ferramenta no TSE”, anuncia.
O pré-candidato a prefeito Mário Bohm disse que as discussões partidárias acontecem no Novo como em outros partidos. “No ambiente político tem quem goste e quem não goste, isso é normal. Por isso que é bom essa divisão quem cuida da gestão partidária não se envolve com política e vice e versa. Independente das saídas a gente segue motivado com engajamento da população”, analisa. Para o pré-candidato muitos não estão acostumados com a proposta da sigla. “Já me perguntaram como quebrar o processo seletivo do Novo; eram pessoas com experiência e que não gostariam de passar pelo processo seletivo, mas o Novo não abre mão disso. Não importa se tem 20 mil votos na cidade, vai ter que se submeter como qualquer outro, não tem atalho no Novo. Não colocamos qualquer um só para fazer a chapa. A gente vem por competência e com qualificação para fazer a coisa certa sempre e isso assusta um pouco”, comenta.
Wellington Marques, novo presidente da sigla em São Caetano falou do trabalho de coordenar esse processo eleitoral na primeira eleição municipal do Novo. “É um privilégio, um desafio enorme dar continuidade a esse trabalho, continuar o mandato 2020/ 2022; nosso trabalho é apoiar os pré-candidatos”, falou sobre o processo eleitoral na cidade. Ele também comentou sobre o formato de escolha de membros do Novo. “O governador Romeu Zema e, Minas Gerais, e outros são frutos desse processo seletivo. Destaco a importância da instituição, que preza pela liberdade. Quando me filiei em 2017, eu brincava com meus parceiros dizendo que o grande desafio serão as eleições municipais e estamos nos organizando para definir os próximos passos”, resumiu.