As negociações entre a Prefeitura de Santo André e a Sabesp em relação ao destino do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental) ainda causa muita apreensão entre os servidores da autarquia. Em entrevista ao canal RDtv, nesta quinta-feira (2), o diretor do Sindserv (Sindicato de Servidores Públicos) local, Rodrigo Gomes, alega, apesar da insistência, falta de informações, o que aumenta expectativa dos principais envolvidos.
Gomes considera que as principais preocupações são os preços cobrados na conta de água e esgoto, e os empregos. “Em todas as cidades onde aconteceu a entrega para a Sabesp houve aumento no valor das contas. Outra preocupação é a questão das vagas de emprego. A Sabesp é uma empresa de economia mista, mas o governador João Doria (PSDB) já disse que quer privatizar a Sabesp, ou seja, como é que se vai garantir os empregos?”, questionou.
Atualmente são mais de 1,1 mil funcionários no Semasa. O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), já informou para o comando da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) que o primeiro ponto da negociação é a manutenção dos empregos, independente de qual modelo será adotado no município. Em 2013, quando Diadema entregou a Saned para a autarquia estadual os quase 1 mil funcionários foram mantidos, mas muitos foram alocados em outras cidades.
O Sindserv Santo André formou uma comissão e espera resposta para saber se tal grupo também fará parte das mesas de negociações. Um abaixo-assinado também foi produzido com pedido de mais informações para o Poder Executivo.
Campanha
A entidade sindical também aguarda posicionamento da Prefeitura em relação à campanha salarial. O objetivo é emplacar a proposta de reajuste de cerca de 8% (com 5% de aumento real) e evolução nas mais de 200 categorias existentes no serviço público local. Nova reunião da mesa de negociações acontecerá na próxima semana, quando se espera resposta da gestão. Há cinco anos não há interrupção na questão salarial na cidade.