A informação de uma possível volta de Diadema ao Consórcio Intermunicipal Grande ABC ainda causa repercussão na classe política da região. Em entrevista ao canal RDtv, nesta quarta-feira (31), o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), revelou que vai aproveitar um encontro com o prefeito diademense, Lauro Michels (PV), para tratar do assunto. Para o tucano, não é possível conceber a entidade regional sem uma das sete cidades.
O encontro entre Serra e Michels ocorrerá na próxima terça-feira (6), coincidentemente o mesmo dia da próxima Assembleia dos prefeitos do Consórcio. Além de pautas em comum, os dois chefes de Executivo vão falar sobre a entidade regional e o que pode ser feito para uma possível volta de Diadema ao grupo.
“Eu estou à disposição para ajudar. Se for para todo mundo votar (a volta), porque há tempos já foi dito que outras cidades saíram e na prática elas já saíram. Todos acompanham as reuniões e sabem. Nós precisamos retomar, mais do que um órgão, é um conceito importante e ele precisa ser materializado de alguma forma. Se o modelo é ineficiente, vamos pensar em um novo modelo”, explicou Paulo Serra.
Oficialmente Diadema foi a única cidade que deixou o Consórcio Intermunicipal, fato consolidado em outubro do ano passado. Porém outros municípios realizaram movimentações que acabaram por esvaziar as reuniões. Rio Grande da Serra aprovou a carta de saída, porém não houve entrega; enquanto São Caetano cortou o repasse. Mauá não envia representantes há meses. Assim apenas tendo as participações de Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Apesar do esvaziamento em relação aos prefeitos, os Grupos de Trabalho (GT) seguem seu trabalho normalmente e com a participação de todas as cidades consorciadas. Mesmo assim ainda existe grande expectativa em relação a 2019, pois o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Orlando Morando (PSDB), garantiu todas as ações da entidade até o fim do ano, quando termina o segundo mandato.
Paulo Serra também abordou o futuro da Agência de Desenvolvimento Econômico e informou que ainda se aguarda o que será feito com o modelo da entidade, que estava ligada ao Consórcio Intermunicipal, porém perdeu espaço. “Já resolvemos as questões jurídicas, mas perdemos credibilidade e precisamos pensar em um novo modelo para ajudar na economia da região, que busca novas referências e é necessário debater, discutir regionalmente”, completou.