Sem mudanças na equipe titular, o Brasil entra em campo para o jogo decisivo contra a Costa Rica, em São Petersburgo, nesta sexta-feira (22). Tite busca dar ritmo ao time que não conseguiu apresentar o bom futebol na estreia contra a Suíça. Enquanto isso, os costarriquenhos tentam evitar um clima de crise após a derrota contra a Sérvia e aposta na bola parada como arma para tentar a primeira vitória contra os brasileiros na história dos mundiais.
O treinador brasileiro buscou relativizar as críticas da primeira partida na Copa. Durante a entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (21), Tite buscou valorizar as poucas oportunidades concedidas aos suíços. “Todos os jogos temos de ter uma boa atuação e vencer. Este jogo também. Ajustes, ser efetivo. Transformar as oportunidades em gol, e ele dá essa condição. Continuar proporcionando muito poucas oportunidades ao adversário”, explicou.
Os 11 que entrarão em campo serão: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; William, Gabriel Jesus e Neymar. A única mudança na equipe será no capitão. Thiago Silva foi escolhido para a função. Dono da capitania durante o mundial passado e criticado pela falta de controle emocional em momentos decisivos como na partida contra o Chile, nas oitavas, o zagueiro do PSG tenta esquecer os erros.
“Fico bastante tranquilo com relação a isso (ser capitão novamente). É dar o máximo para a seleção brasileira, independentemente de estar com a braçadeira ou não. A gente consegue dividir essa responsabilidade dentro de campo. Temos características diferentes, mas estamos muito bem servidos, desde que seja decidido pelo homem”, afirma o zagueiro.
“Coloquei coerentemente que havia uma série de atletas com maturidade suficiente para continuar esse rodízio. Thiago é um deles. Quando ele buscou a titularidade, não foi por nível baixo. Os três estavam jogando muito. Tem maturidade suficiente para saber da necessidade de resultado, mas antes da necessidade de desempenho”, completou Tite.
Costa Rica
Sensação da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, liderando o ‘grupo da morte’, que tinha Inglaterra, Itália e Uruguai, a Costa Rica vive uma crise após a derrota na estreia para a Sérvia, considerada pelos costarriquenhos como a equipe mais fraca do grupo. Obrigada a vencer para não ser eliminada com uma rodada de antecedência, a equipe caribenha aposta nas jogadas de bola parada para vencer o Brasil pela primeira vez na história dos mundiais.
“Não sou conformista, mas também sei o potencial do Brasil. Gostaria de poder jogar e olhar à distância, sabendo que podemos ganhar. A bola parada pode ser uma arma. Eles também têm de buscar resultado, e podem se desequilibrar, nos dar algumas chances. Gostaria de buscar essa possibilidade”, disse o técnico Oscar Ramírez, após o treino de reconhecimento do campo.
A Costa Rica entrará em campo com: Navas; Gamboa, Acosta, González, Duarte e Oviedo; Vengas, Guzmán, Borges e Bryan Ruiz; Ureña. Brasileiro e costarriquenhos jogaram por duas vezes na Copa. A primeira, em 1990, vitória do Brasil por 1 a 0. No último encontro, em 2002, a seleção brasileira goleou por 5 a 2. As duas partidas foram pela fase de grupos.