Um homem de 56 anos morreu no domingo (14/01), em Santo André, com suspeita de febre amarela. A família acredita que o pedreiro E.J.O.S. possa ter contraído a doença em uma visita a Dourados, Mato Grosso do Sul, cidade situada numa das áreas de risco e onde passou as festas de fim de ano com a mulher, que ficou doente. O pedreiro havido sido admitido no mesmo domingo no Hospital Bartira, onde faleceu poucas horas depois.
Em nota, a Prefeitura informa que não é possível afirmar, neste momento, se o munícipe, que era morador da Vila Alto de Santo André, veio a óbito vítima de febre amarela. E.J.O.S Esta hipótese poderá ser apenas confirmada ou descartada após o resultado do exame, que sairá dentro de 15 a 30 dias.
Nota da Prefeitura
Santo André não teve nenhum caso autóctone de febre amarela registrado neste ano e nem no ano passado. A cidade não é considerada área de risco e não passa por surto da doença. É importante ressaltar que a vacina, neste momento, ainda é recomendada para pessoas que viajarão para áreas de risco.
Sobre o caso questionado, o Departamento de Vigilância à Saúde de Santo André recebeu na terça-feira (16), após contato telefônico com o Hospital Bartira, notificação a respeito do paciente E.J.O.S., de 56 anos, que esteve na cidade de Dourados (que é área de risco), no Mato Grosso do Sul, no período de 23 de dezembro a 6 de janeiro deste ano. O paciente foi admitido no dia 14 de janeiro no hospital, vindo a óbito no mesmo dia. Em contato com o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), foi constatada como causa morte Infarto Agudo do Miocárdio e Ruptura de Parede do Miocárdio. Foi realizada coleta de sorologia para febre amarela pelo próprio Hospital.
Não é possível afirmar, neste momento, se este paciente veio a óbito vítima de febre amarela. Esta hipótese poderá ser apenas confirmada ou descartada após o resultado do exame, que sairá dentro de 15 a 30 dias. O que é possível descartar é que essa possível infecção pelo vírus da febre amarela tenha ocorrido em Santo André, já que o município não é área de risco e o tempo de aparição dos sintomas condizem com a infecção durante a viagem. Ou seja, até que o laudo diga o contrário, a informação permanece de que não há registro de febre amarela, mesmo importada na cidade, neste ano.
A febre amarela não é transmitida de pessoa para pessoa, mas sim pela picada do mosquito infectado com o vírus da doença, ou seja, Santo André permanece não sendo área de risco, pois o vírus não está circulando no município. É importante deixar claro isso, justamente para que as pessoas não fiquem alarmadas e para que seja possível respeitar a recomendação da vacina, apenas para quem vai viajar, pois são prioridade neste momento e essa suspeita reforça isso.
As filas nas unidades estão longas, porém o Estado disponibilizou doses de acordo com a atual recomendação, ou seja, há um limite de senhas. Há relatos de pessoas que não vão viajar e mesmo assim procuram as unidades e há também os casos de pessoas que tomaram a vacina no ano passado. A vacina é de dose única e pode gerar reações, quem já se vacinou uma vez, não precisa tomar outra dose. Por conta dessas ocorrências, quem realmente tem a recomendação acaba em muitos casos não conseguindo se vacinar a tempo da viagem.
Em 2016, foram aplicadas 1.612 doses de vacinas contra febre amarela. Já em 2017, foram aplicadas 15.422 doses da vacina. Em 2018, foram administradas 2.161 doses de vacina contra febre amarela (a vacina é aplicada apenas em dois dias da semana).
Ainda não há nova orientação do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) do Estado que nos disponibilizou a vacina. No entanto, devido à alta procura por imunização contra a febre amarela, a Prefeitura tomou medidas para melhorar o atendimento e proporcionar maior conforto aos munícipes. A partir desta quinta-feira (18) o número de senhas distribuídas por dia vai dobrar, passando de 150 para 300 senhas, em cada uma das três unidades de saúde da cidade que realizam a vacinação: US Vila Luzita – avenida Dom Pedro I, 4.197 – Vila Luzita; US Utinga – alameda México, s/nº – Vila Metalúrgica; e US Centro – Rua Campos Sales, 575 – Centro.
A vacinação é realizada sempre nestas três unidades, em dois dias da semana: segunda-feira e quinta-feira. Além de dobrar o número de senhas, a partir do dia 18 de janeiro haverá mudança também no horário de vacinação, que antes era realizada à tarde e passará a ser disponibilizada às 8h, também com objetivo de proporcionar melhor atendimento aos munícipes.
Temos disponíveis 9.300 doses completas de vacina contra febre amarela na rede. Para se vacinar, o munícipe precisa levar CPF, Cartão SUS e carteirinha de vacinação. Na faixa etária de 9 meses a 60 anos. Acima de 60 anos somente com relatório médico e, nos casos de crianças que não tenham CPF, o cartão SUS substitui, pois é necessário para alimentar o SIPNI (Sistema de Informação Nacional de Imunobiológico).
A Prefeitura ressalta que está tomando todas as providências no que diz respeito à febre amarela, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde e do GVE (Grupo de Vigilância Epidemiológica) do Estado.