Em 2006, Santo André adotou o movimento Cidades Educadoras, com objetivo de se tornar uma cidade justa, inclusiva e participante em ações educativas para alunos e cidadãos. Frente às iniciativas do movimento, desde 2014 a cidade conta com projetos que ultrapassam as fronteiras nas salas de aula. A temática foi debatida nesta quinta-feira (10), durante o Seminário Cidades Educadoras: Espaços de Convívio, Fontes de Educação, realizado no Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O evento, organizado pelo Grupo de Trabalho (GT) de Educação da entidade, em conjunto com a Secretaria de Educação de Santo André promoveu ainda a troca da coordenação do programa, que a partir do próximo ano, estará sob coordenação de Vitória (ES). A capital capixaba também receberá a próxima edição do encontro, marcada para 2018.
Outro objetivo da apresentação foi divulgar a atuação da Rede de Cidades Educadoras em alguns países. Compôs a mesa de debate o coordenador da Rede Portuguesa de Cidades Educadoras, Paulo Alexandre Louro, a diretora da América Latina de Cidades Educadoras, Laura Alfonso, a secretária de Educação de Santo André, Dinah Zekcer, a professora Arminda Aparecida de Oliveira e Ricardo Montoro, representantes do prefeito de São Paulo, João Dória.
O movimento Cidades Educadoras teve início em 1994, no congresso realizado em Barcelona, na Espanha. Com 484 municípios de 37 países inclusos, o objetivo é promover a melhoria da qualidade de vida dos habitantes por meio de ações educativas. Em Santo André, o programa foi aplicado na ativação no Sabina, Escola Parque do Conhecimento e atividades nas unidades dos Centros Educacionais de Santo André (CESAs).
“Apesar do déficit do Sabina, conseguimos reabri-lo e usufruir do espaço com os alunos, além dos CESAs com aula de yoga, música e a parte artística e esportiva que educam e integram o cidadão andreense e extrapola as barreiras de sala de aula”, explica a secretária Dinah Zekcer.
Além de Santo André, a secretária usa as cidades de Belo Horizonte, Portugal e países da América Latina como exemplo de iniciativas bem sucedidas. A coordenadora da América Latina da Associação de Cidades Educadoras, Laura Alfonso, explica que o desenvolvimento de atividades próprias e intercâmbio de países com visitas técnicas e seminários ajuda a ampliar o conhecimento de pessoas.
“Há que se pensar em novos temas educativos, a escola, família, os meios de comunicação, empresa, valores, atitudes, em um ambiente educador onde se respeite as normas e seja solidário, este tipo de atitude, faz com que as cidades se tornem um lugar melhor”, explica.