
O 2º subdistrito de Santo André continua a apresentar falta de água. Nesta quarta-feira (31/8), desde cedo os imóveis de várias ruas, como a Alexandre Levy, Lituânia, Cosme e Damião, Paquistão e a Novarra, amanheceram sem uma gota de água nas torneiras. A assistente administrativa Bruna Dias estava muito brava, pois foi ao Centro de Saúde e, depois de esperar atendimento no dentista por três horas, foi que o especialista faria apenas uma análise na sua boca. “Me disseram que estavam sem água para fazer a limpeza dos instrumentos”, afirmou a jovem, que tentou usar o banheiro e não pode porque também não tinha água.
“É um descaso com a gente”, reclamou Lúcia Leite, outra moradora. Ednei Rossi, que mora no 2º subdistrito, relata que o serviço chegou a melhorar um pouco depois da manifestação que realizaram na semana passada. “A água voltou aqui no Jardim Ana Maria, mas continua faltando em vários horários. Não é um período maior que 24 horas, mas em alguns momentos não temos uma gota de água sequer nas torneiras”, afirma Rossi.
Dia 24, cerca de 80 moradores do 2º subdistrito saíram em caminhada até o Fórum, onde protocolaram pedido ao Ministério Público (MP) de “investigação acerca do problema crônico da interrupção de abastecimento da água por parte do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André)”.
No meio de um embate político entre e a Prefeitura de Santo André e a Sabesp, os moradores alegam que não suportam mais ficar sem água em casa e que o problema se arrasta há mais de dois anos. Segundo os moradores, os locais mais atingidos são o Parque João Ramalho, Parque Novo Oratório, Campestre e Jardim Ana Maria como os bairros mais atingidos pelo desabastecimento. “Estamos pagando mais por ar do que por água“, diz Rossi.
Por meio de nota, o Semasa informou que hoje (31) não houve falta de água na região em que está localizado o Centro de Saúde Escola, do Parque Capuava, e que o abastecimento está normal para o bairro.
“A autarquia realizou uma vistoria no posto de saúde na tarde de hoje e constatou que o registro de entrada de água do posto estava parcialmente fechado, impedindo que a água chegasse à caixa d’água do local com a pressão adequada. O problema já foi solucionado”, informou o comunicado. (Colaborou Tamara Polastre)