Aidan Ravin vira réu em caso de corrupção no Semasa

Defesa do ex-prefeito alega que não há provas de crimes apontados pelo MP

A Justiça acatou denúncia feita pelo Ministério Público e tornou réu o ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PSB), acusado de ter comandado esquema criminoso de venda de licenças ambientais do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).

Além de Aidan, mais dez pessoas denunciadas pelo MP também viraram réus. A decisão foi da juíza da 1ª Vara Criminal de Santo André, Maria Lucinda Costa. A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Roberto Wider Filho em maio de 2015.

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Aidan foi acusado por corrupção e formação de quadrilha. De acordo com as investigações do Ministério Público, o esquema funcionou entre meados de 2011 e março de 2012, quando as primeiras denúncias de corrupção vieram a público. A conclusão da Promotoria foi que integrantes do Paço, sob comando do prefeito, cobravam suborno de empresários para emitir as licenças ambientais.

Viraram réus Calixto Antônio Júnior (advogado que atuava para o Semasa), Angelo Pavin (ex-superintendente do Semasa), Dovílio Ferrari Filho (ex-superintendente adjunto do Semasa), Eugênio Voltarelli (ex-assistente técnico da autarquia), Antônio Feijó (ex-assessor de Gabinete), Beto Torrado (ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e articulador do governo), Roberto Tokusumi (ex-diretor de Gestão Ambiental do Semasa e denunciante do caso), Lineu Carlos Cunha Matos (ex-coordenador de Assuntos Jurídicos), Maicol Vizacri (ex-servidor) e Carla Adriana Basseto da Silva (advogada).

“O prefeito incumbiu um advogado, que é o Calixto, para que fizesse essa cobrança com a finalidade de arrecadar recursos para campanhas eleitorais e para enriquecimento pessoal também”, defende o promotor Roberto Wider Filho. A defesa do ex-prefeito Aidan Ravin diz que não há provas que sustentem a acusação feita pelo Ministério Público, aceita agora pela Justiça.

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