Greve de ônibus prejudica 63 mil passageiros em Santo André

Leia também

Hospital Público Veterinário de S.Bernardo chega a 5 mil animais atendidos

há 10 minutos

Alunos do Provão Paulista devem escolher cursos até dia 29 de abril

há 16 minutos

86ª Festa do Pilar de Ribeirão Pires anuncia novos shows

há 46 minutos

Trabalhadores das viações São José e Expresso Guarará entraram em greve na madrugada desta terça-feira (22) por tempo indeterminado. A paralisação prejudica mais de 63 mil passageiros de Santo André e foi motivada pela demissão de dois trabalhadores nesta semana.

De acordo com o Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do ABC), um dos funcionários integrava a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e por isso não poderia ter sido desligado. Quase 480 trabalhadores das duas empresas estão de braços cruzados.

A readmissão dos profissionais demitidos é apenas uma das reivindicações da categoria. Os trabalhadores reclamam de atraso no depósito do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) desde fevereiro, assédio moral, atraso no pagamento do vale-refeição e pedem melhores condições de trabalho.

Na manhã desta terça, uma comissão formada por 12 trabalhadores se reuniu com a diretoria da empresa para tentar chegar a um acordo. A tentativa, no entanto, fracassou. Nenhum dos itens da pauta foi atendido.

“Os funcionários querem voltar a trabalhar, desde que ele [diretor da empresa] atenda as reivindicações, o que não aconteceu nessa reunião. O usuário não pode sofrer, mas infelizmente a arma que o trabalhador tem é a greve. A empresa não está respeitando o trabalhador”, reclama o presidente do Sintetra , Francisco Mendes da Silva, o Chicão.

Passarelli
A empresa São José opera linhas intermunicipais que ligam Santo André a São Caetano. A Guarará atua somente em Santo André, na região da Vila Luzita. Juntas, as viações contam com cerca de 100 ônibus – todos eles ficaram parados nesta terça-feira.

Ambas as empresas pertenciam a Sebastião Passarelli, que morreu em outubro de 2014, aos 87 anos. A crise do grupo se intensificou após a morte do patriarca. O filho Silvio Passarelli comanda a empresa e conduziu a reunião desta terça com o sindicato, que não resultou em acordo.