Profissionais do Santo André são emprestados para base

Vinícius Silveira, Anderson Rodrigues e Paulo Victor vão à base (Foto: Anna Mota)

Alguns jogadores profissionais de futebol do Santo André, como os atacantes Anderson Ligeiro, Vinicius e o lateral Paulo, que atualmente jogam emprestados no sub-20 e disputam o Campeonato Paulista sub-20. O motivo da atuação dos jogadores junto à categoria não profissional se deu pelo fato de o clube ter se abdicado de participar da Copa Paulista no segundo semestre, cuja alegação da diretoria é falta de recursos financeiros e reforma do estádio Bruno José Daniel.

Como o Santo André é atual campeão da Copa Paulista, o atacante Vinicius Silveira diz ter ficado surpreso ao receber a notícia de que o clube não participaria da competição. “Estávamos preparados e aguardávamos jogar a Copa Paulista, porém, quando fui informado que seria convidado pelo ex–treinador do clube, Baroninho, para atuar com o sub-20, aceitei com carinho a solução proposta, afinal, ali com meus colegas de clube também represento a camisa do Ramalhão”, afirma.

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Com esta situação de estar com jogadores ainda não profissionais, o lateral Paulo já atuou pelo Barueri e Mogi Mirim. Paulo define esse primeiro semestre do Santo André como um momento difícil e de reestruturação do time. “Para o time profissional, o atual semestre se tornou uma agenda vazia. O clube não está em situação de crise, mas vive um momento financeiro delicado, como ocorre com a maioria dos clubes brasileiros”, compara Paulo.

Para o atacante Vinicius, com contrato até 2017, o sub-20 é um mercado diferente, mas ainda com oportunidade. Atuando na categoria, com a possibilidade de realizar uma boa campanha na competição paulista e ser visto pelo mercado dos profissionais, o atleta planeja também a possibilidade de adquirir mais sucesso no Santo André ou boas possibilidades de transferências para outros clubes.

Qualidade

Paulo define que independente da idade ou categoria, a motivação é sempre a mesma. Para o jogador, é preciso fazer o trabalho com qualidade, por isso atua com a intenção de ajudar, com foco total junto aos colegas e na defesa das cores do time.

O lateral acredita que a escolha da diretoria foi, principalmente, pela questão da idade, pois todos completaram 20 anos em 2015. Outro fato que não interferiu no atual acordo dos atletas com a direção foi a ausência de empresários nesse momento de possível transferência.

Anderson Ligeiro, atacante do time do ABC, define que a condição para atingir resultados positivos na carreira depende muito do trabalho diário e da própria dedicação do atleta. Todos almejam atuar em clube grande, como o Santo André, uma equipe considerada importante, por ser um clube revelador de talentos. “Para nós, jogar em outra categoria ou no profissional é importante. Nada como um bom trabalho no dia a dia para que algo de bom possa vir no futuro”, define o atacante. 

Crítica

Com a ausência do estádio Bruno José Daniel no calendário do Santo André no segundo semestre, além de ser um dos motivos do time se abdicar da Copa Paulista, os jogadores sentem a diferença de atuar fora da casa do Ramalhão.

Anderson comenta que a atuação em outros campos é extremamente diferente, na adaptação e modo de jogar do time. Em algumas partidas, os jogadores entram preocupados com buracos, gramados mal cuidados e, algumas vezes, sem estrutura alguma. Um fato negativo que pode até causar lesão ao atleta. “Passa pela nossa cabeça de sempre jogar com cuidado. Temos de enfrentar mais de um adversário no jogo, o campo ruim”, diz Anderson.

O atacante do Santo André, com contrato até maio de 2017, deseja atuar bem o primeiro semestre de 2016 para conquistar mercado. “Acredito que posso conseguir um empréstimo para outro clube, como ocorreu com Guilherme Garret e Dudu, pratas da casa”, comenta Anderson.

 

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