Taxas futuras de juros oscilam com tensão sobre política e devolução de prêmios

Os juros futuros operam com sinais mistos na manhã desta quarta-feira, 26, refletindo tensão com o cenário político doméstico e um movimento de devolução de parte dos prêmios acumulados recentemente. A alta do dólar e dos juros dos Treasuries também estão no radar.

Os investidores estão atentos à sabatina do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (10h00). Aguardam ainda se o Tribunal de Contas da União (TCU) dará ou não hoje mais 15 dias de prazo para o governo explicar irregularidades nas contas federais de 2014.

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Na agenda econômica, o destaque é a participação do diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, de evento do Bank of America Merrill Lynch, no Rio (19h30). Pela manhã, 10h30, sai a nota sobre Operações de Crédito de julho.

Às 10h06, o DI para janeiro de 2016 apontava 14,27%; o DI para janeiro de 2017, 14,10%, ante 14,11% no ajuste de ontem. O para janeiro de 2021, 13,90%, ante 13,95% no ajuste anterior.

Em relação à política fiscal, motivo de grande preocupação, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), braço direito do vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, anunciou ontem, em reunião com integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que a equipe econômica do governo voltou atrás em decisão anterior e autorizou o desembolso de R$ 500 milhões em emendas parlamentares.

Na Câmara, em votação simbólica, o plenário atendeu a apelo do Planalto e aprovou o adiamento por duas sessões da apreciação do projeto que amplia a abrangência do Simples Nacional. Por outro lado, em seguida, deu aval à urgência para apreciação de uma série de propostas que aumentam os gastos do governo federal, contrariando o ajuste fiscal defendido pelo Planalto.

Já o Senado aprovou, por 45 votos a favor, 28 contra e uma abstenção, o substitutivo ao Projeto de Lei 41, proposto pelo senador e relator Valdir Raupp (PMDB-RO), que concede um reajuste menor para os servidores do Ministério Público da União. A matéria agora volta para apreciação na Câmara dos Deputados. O parecer prevê um aumento de 41,5% em quatro anos para a categoria, a partir de 2016. Na proposta original, o porcentual era de 59,49%.

No exterior, o clima é menos adverso. O juro da T-note de 10 anos estava na máxima de 2,1619 às 10h04.

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