Lixo atrapalha pedestres em Santo André

Loja Rei do Real é a responsável pelo acúmulo (Foto: Paula Lopes)

Na esquina das ruas Coronel Oliveira Lima e Coronel Fernando Prestes, no Centro de Santo André, quem caminha pela calçada precisa tomar cuidado para não se acidentar. No número 42 da rua Luis Pinto Fláquer, há semanas a passagem pública está prejudicada em razão de grande quantidade de lixo que fica empilhada no local durante todo o dia. O material deixado na calçada é da loja Rei do Real, que deposita os resíduos na calçada, das 8h às 20h. O problema foi relatado pelo RD dia 19 julho ao Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), órgão responsável pelo recolhimento de resíduos, mas até agora não houve providência.

No local, o trecho é bastante movimentado. Os grandes sacos de lixo são colocados entre duas faixas de pedestres. Estes vêm do calçadão e da rua Luis Pinto Fláquer e precisam se espremer ou caminhar fora da calçada para conseguir se dirigir à rua Senador Fláquer, e correm risco de serem atropelados.

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Loja Rei do Real é a responsável pelo acúmulo (Foto: Paula Lopes)

Alessandra Toledo, gerente da Rei do Real, explica que o problema ocorre pelo fato de o estabelecimento ter contratado um serviço terceirizado para realizar a coleta de resíduos. “E não recebemos reclamações”, declara.

No entanto, a irregularidade atrapalha a rotina de quem utiliza a rua todos os dias. “É muito feio”, opina Alexandre Amorim, estudante, que passa pelo local para ir da estação de trem à residência todos os dias. “Alguém pode tropeçar e acabar se machucando”, observa.

A situação também não agrada Irene Hilário, 65, que afirma antes nunca ter visto os sacos nas calçadas daquele jeito. “Isso só começou a acontecer depois que a loja abriu. Antes, nenhuma das outras fazia isso”, lamenta a aposentada.

Segundo João Alfredo dos Santos, de 50 anos, o horário adequado para o depósito do lixo nas calçadas deveria ser em um período com menos fluxo de pessoas. “Isso está muito errado. O lixo deveria ser colocado nas calçadas durante a madrugada, para que o pedestre não seja prejudicado”, explica o vigilante. Santos conta que, nos horários de pico, os pedestres ficam ainda mais suscetíveis a algum tipo de acidente. “É uma falta de respeito absurda”, critica.


Pedestres são obrigados a andar no meio-fio das calçadas (Foto: Paula Lopes)

Um munícipe, que preferiu não ser identificado, afirma que ali o perigo nas travessias é muito grande por conta da atitude tomada pelo empreendimento. “O perigo aqui é enorme para atravessar a rua. Sem falar no espaço que os resíduos ocupam”, comenta.

A maioria dos comerciantes realiza o descarte conforme orientação do Semasa, órgão responsável pelo recolhimento de resíduos. Eliana Bitencourt, gerente da livraria Saraiva, uma das lojas prejudicadas, explica que todos os estabelecimentos da rua depositam o lixo reciclável no local no horário certo. “Fazemos isso após as 19h”, diz.

Semasa

Por meio de nota, o Semasa informa que os resíduos úmidos do Centro devem ser dispostos para coleta no período noturno. Os resíduos secos da rua Coronel Oliveira Lima podem ser entregues ao veiculo elétrico que percorre todo o calçadão das 10 às 22h.

Segundo a autarquia, o problema verificado não diz respeito a resíduo disposto para coleta, mas sim à atividade de particular, que armazena recicláveis sobre o passeio público. Portanto, a fiscalização desta irregularidade se dá pelo Departamento de Vias Públicas, pois bloqueia passagem de pedestre e pelo Departamento de Controle Urbano, uma vez que o estabelecimento está utilizando o passeio público como extensão do seu estabelecimento. Com relação a este caso específico, o Departamento de Conservação de Vias Públicas informa que notificará o proprietário da loja responsável nesta semana.

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